FGV – Orçamentos de Defesa em Tempos de Crise

Garantir investimentos no setor militar pode colaborar para a recuperação da economia do Brasil. Foi o que afirmou o presidente da Fundação Getulio Vargas (FGV), professor Carlos Ivan Simonsen Leal, durante a abertura do seminário “A elaboração do orçamento de Defesa em tempos de crise: os casos da Alemanha, do Brasil, da França e dos Estados Unidos”. Realizado nesta segunda, dia 3, em parceria com a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), o evento reuniu acadêmicos do Brasil e do exterior na sede da FGV.

Segundo o presidente da FGV, somente agora a nação começa a atentar para a importância dos investimentos no setor militar. Nesse sentido, ele destacou a necessidade de revisão da legislação de compras militares para que, ao lado da reconstrução da capacidade das Forças Armadas, o país possa alavancar sua economia.

“Estratégia é uma questão de Estado e não uma questão de governo. Precisamos definir um orçamento previsível, para efetuarmos investimentos previsíveis no setor”, observou o presidente da FGV.

No encontro, especialistas apontaram formas de aperfeiçoar o orçamento da defesa, de modo a não comprometer os serviços essenciais para a segurança nacional. O Comandante da ECEME, o general de Brigada Richard Fernandez Nunes salientou a importância da participação de todos os segmentos da sociedade na discussão do orçamento da Defesa, já que o tema é de interesse nacional.

“O orçamento deve refletir as necessidades do país. Quanto maior for o número de entidades a participar desse debate, melhor. Estudantes civis e militares podem trazer novas ideias, sem contar que os especialistas estrangeiros podem nos ajudar muito ao compartilhar suas experiências”, salientou o comandante da ECEME.

Realizado no âmbito do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Assuntos Estratégicos de Interesse Nacional (Pró-Estratégia) e financiado pela CAPES, o seminário trouxe, ao Rio de Janeiro, convidados dos Estados Unidos, Alemanha e França, que apresentarem experiências na definição do orçamento de defesa em momentos de contenção de despesas. Outro ponto em destaque no encontro foi o papel dos think tanks independentes no que tange à elaboração e implementação da política de defesa — um assunto embrionário no Brasil
 

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