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FBI investigará suposto ataque chinês ao Gmail

WASHINGTON e SÃO FRANCISCO. A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, afirmou ontem que o FBI vai investigar as alegações da Google de que partiu da China um ataque hacker ao Gmail na quarta-feira. Ela disse ainda que as acusações são sérias e que o governo ficou surpreso com a ação.

— Essas alegações são sérias, nós as levamos a sério, estamos investigando-as — disse Hillary um dia após a gigante da internet afirmar que bloqueara um ataque hacker, cuja meta era roubar senhas de centenas de usuários de contas no Google, como autoridades do governo dos EUA, ativistas chineses e jornalistas.

Nem a Google nem a Casa Branca afirmaram que o governo chinês está por trás do ataque. A empresa disse apenas que a ação, aparentemente, teve origem na China. O Ministério chinês das Relações Exteriores disse ontem que o governo não tem qualquer envolvimento no ataque e que condena este tipo de prática.

Ação pode ter saído de área militar chinesa
Segundo Hillary, a Google relatou a situação ao Departamento de Estado antes de anunciá-la publicamente na quarta-feira. E o FBI está realizando investigações em parceria com a empresa. Já a Casa Branca informou que não tem motivos para acreditar que e-mails oficiais do governo americano tenham sido invadidos no incidente. O governo, porém, vai checar se as contas privadas de autoridades foram atingidas, afirmou uma fonte.

A Google disse que os ataques, aparentemente, foram feitos na província de Shandong, que abriga o centro de comando militar chinês no leste do país. No ano passado, investigadores disseram que rastrearam atividade hacker na Lanxiang Vocational School, fundada na cidade com apoio dos militares.

É a segunda vez que a Google afirma que uma invasão ao seu sistema partiu de áreas na China. No ano passado, a Google rastreou uma sofisticada invasão que teria sido feita na China. A acusação levou a uma ruptura nas relações da empresa com o país asiático e influenciou na decisão de não cooperar com as exigências de censura de autoridades chinesas. Como resultado, a Google passou a basear seu buscador em Hong Kong.

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