Defesa e Academia estreitam os laços

Na última sexta-feira (11), entrou em atividade uma comissão criada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, para ampliar o debate entre o meio acadêmico e a pasta.

De acordo com o diretor do Instituto Brasileiro de Estudos em Defesa Pandiá Calógeras (IBED), professor Fabrício Neves, a ideia é construir um ambiente permanente de diálogo, não só para estimular pesquisas e trabalhos com foco em Defesa Nacional, como também, para subsidiar com informações destes estudos os gestores e tomadores de decisão do setor.

Na primeira reunião do grupo, coordenado pelo chefe de gabinete do ministro da Defesa, embaixador Alessandro Candeas, ficou acertado a realização de estudos, policy papers, sobre a continuidade da participação brasileira em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), uma das principais necessidades apontadas pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), além da questão da segurança na região de fronteira.

Também foi encaminhada a proposta do IPC de parceria com as indústrias do setor de defesa, no âmbito dos estudos acadêmicos, visando, inclusive, a retomada do Programa Pró-Estratégia, cuja primeira edição atualmente está em fase de encerramento. A expectativa da comissão é de que o programa possa trazer soluções inovadoras para a indústria de defesa, por meio de pesquisas aplicadas desenvolvidas nas universidades e em centros tecnológicos do país.

Outros pontos importantes do encontro, que contou como representante do meio acadêmico o presidente da Associação Brasileira de Estudos da Defesa (ABED), Professor Alcides Vaz, foi a participação da academia no processo de revisão dos documentos de defesa (Estratégia Nacional de Defesa, Política Nacional de Defesa e Livro Branco de Defesa Nacional), além do mapeamento – já em fase de execução no IBED – do “estado da arte” da academia brasileira em matéria de pesquisadores atuantes na área, programas e grupos de estudo, além de toda a produção de artigos, teses e dissertações.

Com essas e outras iniciativas, o Ministério da Defesa busca obter da academia uma colaboração mais direta e permanente, bem como dar à área de defesa maior escopo e relevância no país.

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