Hackers publicam supostos dados pessoais de Dilma e Kassab

O grupo de hackers LulzSecBrazil publicou em seu perfil no Twitter um link para arquivos com supostos dados da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Também foram publicados outros dois arquivos relacionados a supostos e-mails de funcionários da Petrobras e do Ministério do Esporte.

Procurada pelo G1, a Presidência informou que a responsabilidade pelos dados é do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Este órgão informou que nenhum dado sigiloso foi acessado pelo grupo nos ataques de quarta-feira (22). A Prefeitura de São Paulo declarou por volta das 10h15 que está averiguando os dados divulgados.

s arquivos mostram supostas informações de Dilma e Kassab como números do CPF e PIS, data de nascimento, telefones, escolaridade e e-mails (apenas de Kassab). No caso de Dilma, a Petrobras aparece como empresa a que ela está relacionada, inclusive com um número de CNPJ.

Os hackers também divulgaram outros dois arquivos no Twitter: um mostra lista de supostos acessos para sistema da Petrobras. E, no outro, lista de supostos acessos para sistema do Ministério do Esporte.

Outro lado
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda responsável pelos sites do governo federal, voltou a informar nesta quinta-feira (23) que nenhum dado foi violado dentro do conteúdo que administra.

Conforme a assessoria do órgão, alguns ministérios administram suas próprias bases de dados. Sobre esses dados, o Serpro disse que não tem condições de informar se foram violados.

Procurada pelo G1, a Presidência da República afirmou que a responsabilidade pela segurança do sistema é do Serpro e que, portanto, não vai se manifestar. A reportagem também tentou entrar em contato com a assessoria do Ministério do Esporte, mas os telefones estavam desligados.

A Petrobras informou por volta das 10h20 que iria analisar o documento.

Ataques na quarta
O ataque hacker às páginas da Presidência da República, Portal Brasil e da Receita na madrugada desta quarta foi o maior já sofrido pela rede de computadores do governo brasileiro. De acordo com o Serpro, o ataque – que não causou danos às informações disponíveis nas páginas – partiu de servidores localizados na Itália.

Para derrubar os sites, os hackers utilizaram sistemas que faziam múltiplas tentativas de acesso ao mesmo tempo, técnica batizada de “negação de serviço” e conhecida pelas iniciais em inglês DDoS (Distributed Denial of Service). O objetivo dessa ação é tornar o serviço indisponível.

A ação foi reivindicada pelo grupo LulzSecBrazil, que teria ligações com o LulzSec, responsável por ataques recentes a empresas de videogame como Sony e Nintendo, às redes de televisão americanas Fox e PBS e a órgãos governamentais americanos como a CIA (agência de inteligência americana) e o FBI (polícia federal), além do serviço público de saúde britânico, o NHS.

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