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Obama defende a venda do caça F-18 em reunião com Dilma

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez forte campanha para o caça F-18, da Boeing, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, mas ela não indicou se o governo havia decidido comprar o avião norte-americano, afirmou a Casa Branca no domingo.

"O tema do F-18 foi tratado. A presidente Dilma Rousseff o citou", disse à imprensa no Rio de Janeiro o assessor da Casa Branca Dan Restrepo. Ele falava da reunião bilateral entre os dois presidentes no sábado, em Brasília.

O Brasil busca modernizar a sua Força Aérea, e a promoção das exportações norte-americanas para criar empregos nos Estados Unidos é parte central da viagem de Obama ao Brasil, Chile e El Salvador.

"O presidente Obama enfatizou que o F-18 é o melhor avião em oferta. O pacote de transferência de tecnologia é equivalente aos pacotes oferecidos aos aliados ao redor do mundo", afirmou Restrepo, principal assessor de Obama para a América Latina.

Dilma disse às autoridades norte-americanas neste ano que acredita que o F-18 é o melhor jato entre os três finalistas e que ela vê o acordo como um meio para melhorar as relações comerciais com os EUA.

Ainda, ela pediu garantias escritas de que o Congresso norte-americano não impedirá as transferências de tecnologia que ela quer como parte do contrato para ajudar o Brasil a desenvolver sua própria indústria de defesa.

Duas fontes disseram à Reuters que Obama entregou a Dilma uma carta conjunta de líderes republicano e democrata do Senado, Mitch McConnell e Harry Reid, dizendo que o Congresso respeitará qualquer acordo sobre transferência de tecnologia.

As fontes falaram sob condição de anonimato, já que a conversa foi particular. Uma das fontes acrescentou que uma carta semelhante da liderança da Câmara é esperada nos próximos dias.

O F-18 enfrenta a concorrência do jato Rafale, fabricado pela francesa Dassault, que tinha a preferência do antecessor de Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A sueca Saab também está na concorrência e disse no mês passado que esperava uma decisão do governo brasileiro ainda em 2011.

O contrato para o fornecimento de caças ao Brasil vai ser provavelmente maior dos que os lances iniciais que, segundo a mídia brasileira, ficaram em torno de 4 bilhões a 6 bilhões de dólares. O Brasil poderia comprar mais de cem aviões.

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