DECEA vai representar o Brasil em evento sobre novo sistema de navegação global

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), da Força Aérea Brasileira (FAB), vai representar o Brasil, em parceria com a Empresa ATECH, da EMBRAER, na Demonstração Mini Global II.

Essa é a primeira vez que o Brasil participa efetivamente do evento, que tem como objetivo colocar em prática um novo Conceito, o SWIM, com protocolo único global, que contém informações aeronáuticas, de voo e meteorológicas.

As atividades são promovidas pela Federal Aviation Administration (FAA) e estão programadas para ocorrer em abril de 2016, em Daytona Beach, Flórida, Estados Unidos. “Em 2014, o DECEA participou do evento como observador, dessa vez, vamos participar ativamente, como provedor e consumidor de dados e informações”, ressalta o Chefe da Seção de Planejamento de Informações Aeronáuticas do DECEA, Major Cristiano de Uzêda Pinto.

O projeto Mini Global faz parte do programa norte-americano NextGen (Next Generation Air Transportation System) – semelhante ao SIRIUS brasileiro -, e tem o objetivo de mostrar como diversos provedores de serviços de navegação aérea (ANSPs) e os profissionais de diversas áreas envolvidos podem compartilhar informações comuns de forma eficiente para melhorar seu planejamento estratégico e agilizar as operações.

Para isso, são utilizados cenários simulados de submissão de plano de voo, informação de posicionamento de aeronaves, publicações de NOTAM (Aviso aos Aeronavegantes) e de boletins meteorológicos. Por exemplo, pode ser realizada uma simulação de uma decolagem do Brasil para os Estados Unidos, utilizando o novo conceito e todas as informações inerentes a ele.

“Nós vamos poder adquirir conhecimento e experiência para desenvolver o SWIM no Brasil e atuar efetivamente nas definições a serem estabelecidas pela ICAO. O conceito ainda é uma novidade no mundo inteiro. O Brasil será o país pioneiro da América do Sul a participar do evento”, destaca o Major Uzêda.

Mini Global I – A Demonstração Mini Global I ocorreu em setembro de 2014. Além dos Estados Unidos, os países participantes foram: Austrália, Singapura, Canadá, Coreia do Sul, Japão, Portugal e Tailândia. Como observadores, estiveram presentes também: Colômbia, Emirados Árabes e uma equipe do programa europeu SESAR.

Piloto da FAB participa de treinamento em Esquadrão no Uruguai

A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, no início de outubro, de um intercâmbio com a Fuerza Aérea Uruguaya (FAU). O Primeiro-Tenente Yuri Carneiro de Souza, do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), vivenciou a rotina do Esquadrón Aéreo n° 5, sediado em Montevidéu.

O objetivo foi proporcionar a troca de experiências na Aviação de Asas Rotativas (helicópteros) e promover um melhor conhecimento mútuo e o fortalecimento dos laços de amizade entre as Forças.Nesse contexto, o Tenente Yuri participou de instruções terrestres e aéreas, incluindo voo tático a baixa altura, técnicas de combate a incêndios florestais e voo noturno com óculos NVG (do inglês, Night Vision Googles), sendo que este último foi realizado em La Calera, de onde se retornou a Montevidéu em voo de formatura noturna com dois UH-1H.

“Esse intercâmbio é de grande importância, pois é uma excelente oportunidade de estreitar os laços entre as unidades de busca e salvamento e compartilhar técnicas e experiências que podem ser utilizadas em resgates”, ressalta o Tenente Yuri.

Em reciprocidade, um piloto do Esquadrón Aéreo n° 5 da  FAU deverá visitar o Esquadrão Pantera ainda este ano.

FAU– Além do intercâmbio com a FAB, dois pilotos do Ejército Argentino estavam sendo capacitados pela FAU quanto ao uso de visores noturnos em UH-1H. Tais atividades com NVG foram acompanhadas pelo Comandante Aéreo de Operações, Brigadier General Ismael Alonzo, bem como pelo Adido Aeronáutico do Brasil no Uruguai, Coronel Hamilton Lima da Rocha Callado Júnior, e pelo Agregado Militar Argentino, Coronel de Artilleria Sérgio Pucheta.

O Esquadrón Aéreo nº 5 também possui helicópteros AS-365 “Dauphin” e Bell 212 “Twin Huey”, sendo que dois exemplares de “212” se encontram na República Democrática do Congo, a serviço da ONU, onde a FAU os emprega em missões de evacuação aeromédica, diurnas e noturnas, com o imprescindível adestramento em NVG. Segundo estatísticas da própria FAU, em cerca de cinco anos as tripulações de “212” no Congo realizaram 126 evacuações médicas, das quais 42 horas foram em voo noturno.

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