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Venezuela quer reforçar cooperação para estabilizar preço do petróleo

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu neste sábado (22) um reforço da cooperação entre os países produtores de petróleo – membros, ou não, da Opep – para estabilizar os preços, durante uma visita ao Irã.

"Para estabilizar os preços do petróleo, é preciso refletir […], aumentar as consultas entre os países produtores, Opep e não Opep", declarou Maduro em um encontro com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, segundo o site da Presidência iraniana.

"Os países produtores devem buscar um acordo justo para estabilizar os preços", acrescentou.

"O Irã apoiará qualquer ação para estabilizar o mercado do petróleo, assegurar um preço e cotas justas", declarou o presidente iraniano, que considerou que a cooperação entre os países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aqueles que não fazem parte do cartel é "necessária".

Em setembro, os países-membros da Opep acertaram limitar seu teto de produção para reforçar os preços.

Já o número um iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, declarou que a redução do preço do petróleo era "um instrumento" usado pelos Estados Unidos para exercer pressão sobre os "países independentes", segundo sua página oficial.

"Podemos adotar uma política racional e reforçar a cooperação para desmantelar esses complôs e essa política hostil", insistiu.

Maduro chegou neste sábado (22) ao Irã, após um encontro com o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev. Conforme a agência de notícias Irna, nessa reunião, Maduro afirmou que está em gestação um acordo entre os países da Opep e os que não pertencem ao cartel.

Depois do Irã, o presidente venezuelano viaja para Arábia Saudita e Catar.


Visões da Arábia e da Rússia sobre mercado de petróleo estão se aproximando, diz ministro saudita¹

O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou neste domingo que os pontos de vista entre o reino e a Rússia, maior produtor global de petróleo, sobre a necessidade de estabilizar o mercado "estão se aproximando".

"A Arábia Saudita começou a desempenhar um papel importante de coordenação entre a Rússia … e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), especificamente os países do Golfo", disse Falih, em uma coletiva de imprensa com os seus pares russos e do Qatar em Riyadh.

"Conseguimos hoje… através de uma reunião comum chegar a uma ideia do que podemos ter em novembro", disse Falih, referindo-se a uma reunião da Opep em Viena, em 30 de novembro, para quando está previsto que o grupo finalize um acordo de corte de produção.

Novak, que está na Arábia Saudita em sua primeira visita oficial como ministro, encontrou mais cedo os ministros de Energia do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês), que incluiu os importantes produtores do Golfo da Opep Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Qatar.

¹com Reuters

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