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Soldados alemães aprovam controverso fuzil G36

Os soldados da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) em missões no exterior disseram não ter problemas com a precisão do fuzil G36, da fabricante Heckler & Koch, concluiu uma comissão criada pelo Ministério da Defesa para averiguar possíveis falhas nesse modelo de armamento.

A comissão entrevistou 200 soldados e apresentou seu relatório nesta quarta-feira (14/10) em Berlim. De acordo com o documento, os militares não perceberam deficiências de precisão durante combates e nenhum deles disse que sua vida teria sido posta em risco. O fuzil padrão da Bundeswehr foi avaliado como sendo de fácil uso, leve e pouco sujeito a interferências.

"A confiabilidade foi particularmente enfatizada", afirmou a comissão. O relatório também ressaltou que os soldados não concordam com o apelido "fuzil avariado", dado ao G36. "A experiência operacional e em combate contradiz essa denominação", afirmou o diretor da comissão Winfried Nachtwei.

A polêmica em torno do fuzil começou em 2010, após denúncias de falhas na precisão quando a arma é exposta a elevadas temperaturas externas ou quando ela esquenta demais devido ao uso contínuo. Em maio de 2015, um exame laboratorial confirmou as denúncias. Em agosto, a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, ordenou a substituição de 167 mil fuzis a partir de 2019.

Segundo Nachtwei, a situação de temperaturas extremas testada pelo laboratório é uma exceção. A ministra evitou comentar o relatório e disse que ele será avaliado internamente.

A Bundeswehr usa o G36 como arma padrão há 20 anos e comprou, desde 1990, mais de 180 mil peças. O fuzil é usado também por exércitos e forças de seguranças de outros países, como Espanha, Noruega, Jordânia e México.

Alemanha avalia ampliar presença militar no Mali

O governo da Alemanha avalia aumentar a presença militar do país no Mali. A Alemanha tem "um interesse especial na política de segurança para a continuidade da estabilização do Mali", afirmou o Ministério alemão da Defesa nesta quinta-feira (15/10).

O ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que até o fim desta semana será apresentada uma sugestão sobre a participação na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização no Mali (Minusma). Porém, ele não deu detalhes sobre quantos soldados serão enviados ao país.

A Minusma é considerada uma das missões mais perigosas da ONU. Com frequência, os 10 mil militares de capacete azul entram em confrontos com rebeldes, e mais de 40 soldados das Nações Unidas já morreram no conflito.

No momento, a participação alemã na Minusma conta com nove soldados, que estão estacionados na capital Bamako, localizada no sul do país, numa região relativamente segura. Os alemães trabalham em funções administrativas.

De acordo com o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, a Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) poderia apoiar o Exército holandês no norte do Mali a partir do início de 2016. A Holanda tem cerca de 600 militares no país africano. Os soldados alemães precisam estar em condições de "liderar uma operação ampla, autônoma e robusta", afirmou o jornal, citando documentos internos. As tropas seriam enviadas para regiões de risco, como Gao, no norte, e também para Bamako.

A Minusma foi enviada ao Mali em 2013 para barrar a expansão de rebeldes e jihadistas no norte do país e apoiar o governo enfraquecido. Em março de 2012, um golpe militar mergulhou a região no caos. O Mali é considerado um refúgio de grupos extremistas, alguns deles ligados à Al Qaeda.

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