OTAN vigia ‘muito de perto’ influência russa nos Bálcãs

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) monitora "muito de perto" a influência "crescente" dos russos nos Bálcãs ocidentais – advertiu o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, nesta quinta-feira (2).

"Obviamente, é algo que vigiamos muito de perto", afirmou Stoltenberg, que estava visitando Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina.

Stoltenberg mencionou "uma influência e uma presença russa crescentes nos Bálcãs ocidentais", além de informações sobre uma "intervenção russa no processo político em Montenegro antes do dia das eleições" legislativas de outubro.

As autoridades de Montenegro disseram ter frustrado um golpe de Estado nesse dia, o qual teria sido realizado por sérvios contrários ao processo de adesão desse pequeno país balcânico à OTAN.

A Justiça montenegrina falou em "nacionalistas russos", mas sem acusar Moscou.

O secretário-geral da OTAN declarou também que a organização trabalha com seus sócios para "melhorar e reforçar seus serviços de Inteligência".

Durante a visita a Sarajevo, Stoltenberg pediu que a Bósnia "continue reforçando sua associação" com a OTAN que é, segundo ele, "a melhor maneira de evitar novos conflitos e novas tensões" no país.

A OTAN está muito presente nos Bálcãs. Croácia, Romênia, Bulgária, Grécia e Albânia são membros da Aliança. Montenegro está prestes a entrar.

Além disso, estará presente militarmente em Kosovo, onde é afiançadora da paz. A Macedônia é candidata, mas as negociações não avançam há anos. Na Sérvia, a OTAN é muito impopular desde os bombardeios de 1999, lançados para pôr fim à guerra de Kosovo entre rebeldes separatistas albaneses e forças de Belgrado.

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