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Irã realiza exercícios militares para proteger centros nucleares

O Irã iniciou manobras de defesa aérea na parte oriental do país para reforçar a coordenação entre forças militares e a proteção de regiões povoadas e centros estratégicos, especialmente instalações nucleares, informou neste sábado a agência oficial Irna.

As manobras, que começaram ontem à noite e durarão quatro dias, segundo o Departamento de Relações Públicas da base de Defesa Aérea de Jatam AL-Anbia, se concentram em táticas ofensivas e na coordenação entre unidades militares e de apoio.

As práticas abrangem a proteção de um território de 800 mil quilômetros quadrados, cerca de metade da superfície do país, que passou da situação "normal" para a de "alerta máximo" em virtude das manobras.

Unidades operativas de Defesa Aérea de várias forças militares e dos serviços de inteligência iranianos participam dos exercícios, nos quais são utilizados equipamentos de comunicações, radares e mísseis de fabricação nacional.

As manobras acontecem depois que autoridades dos EUA e de Israel sugeriram um eventual ataque contra instalações nucleares do Irã, um país submetido a sanções internacionais pela ONU, EUA e União Europeia (UE) por seu programa de desenvolvimento atômico.

Parte da comunidade internacional, com os EUA à frente, suspeita que o programa nuclear iraniano tem uma vertente militar, destinada a fabricar armas atômicas, embora o Irã negue e garanta que seus fins são exclusivamente civis, especialmente gerar energia e produzir isótopos radioativos para usos medicinais.

Ontem, o Conselho de Líderes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução elaborada por Alemanha, China, França, EUA, Reino Unido e Rússia que expressa sua "profunda e crescente preocupação" pelos indícios de que o Irã trabalhe para desenvolver bombas atômicas.

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