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Comentário Gelio Fregapani – Movimentos populares – analogia com a Independência

 Assunto: movimentos populares – analogia com a Independência
 

Aconteceu há duzentos anos mas a situação é similar. A maior parte da nossa população desejava a independência, incluindo o próprio Príncipe Regente enquanto o aparato governamental oficial, incluindo o Judiciário, exigia o contrário.

Não era exatamente um impasse, o mecanismo oficial se mantinha baseado na legalidade, embora sem legitimidade, pois lhe faltava apoio popular.

O fato portador do futuro foi a adesão do Príncipe à causa da Independência mesmo contrariando as leis da época.

Agora, passados 200 anos, é perceptível a semelhança entre as duas situações. Sabemos que situações semelhantes costumam provocar consequências semelhantes, então vejamos: no processo da Independência a vitória se deu quando o Príncipe declarou aderir, mesmo contrariando as leis de então e com o grito de “Independência ou Morte” ficou selado o resultado da querela quase sem luta apesar da reação portuguesa. É provável que algo semelhante aconteça agora, se o Presidente adotar a mesma atitude do então Príncipe Regente.

Entretanto, um mesmo fato portador do futuro – tipo um novo grito do Ipiranga, pode não acontecer por mais pressão que ocorra e nesse caso ficaríamos em situação similar a das guerras da independência de outras nações sul americanas, com guerras sangrentas entre os patriotas das diversas nações e os que queriam o “status quo” baseados em leis que lhes haviam sido impostas.

Ninguém quer uma guerra civil, mas isto pode acontecer caso o ainda Presidente não tome a frente de seus apoiadores.

Quem venceria? -Ninguém sabe, mas sabemos que destruiria o País e talvez até provocasse uma nova cisma para gaudio do novo governo mundial.

Quanto as leis que amparam os que propugnam a assunção de um governo PT, terão elas legitimidade? Cremos que não, pois as multidões que cercavam o Presidente mostraram onde está a opinião pública. E quanto a legalidade?  – Irregularidades foram constatadas desde a campanha, mas as numerosas localidades com zero votos para o Presidente enquanto milhares de eleitores afirmavam terem votado nele atestam a existência de crimes dolosos nas apurações, derrubando o último argumento dos que apelavam para a legalidade.

Contudo, ainda mais importante que vencer eleições é evitar uma guerra civil e no entender deste analista só há um modo de a evitar: É o Presidente Bolsonaro tomar a frente dos seus apoiadores, pois se por milagre o ex-presidente Lula assumir o Governo sem luta, inevitavelmente haveria uma revolução assim que ele iniciasse a implantar as medidas absurdas que propôs.

Gelio Fregapani

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