Reflexões Teóricas Sobre Conflitos Assimétricos: Parte III – A Engenharia de Combate Blindada como parte integrante das Forças-Tarefa

 

Reflexões Teóricas Sobre Conflitos Assimétricos:

Parte III – A Engenharia de Combate Blindada como parte integrante das Forças-Tarefa

 

Eduardo Atem de Carvalho, PhD

Universidade Estadual do Norte Fluminense

 

Rogério Atem de Carvalho, DSc

Instituto Federal Fluminense

 

 

Série Reflexões Teóricas Sobre Conflitos Assimétricos,

Acesse:

Parte I – Introdução ao Momento Atual Link

Parte II – o Grupo de Combate de Infantaria Blindada e seus Meios Link


Parte III – A Engenharia de Combate Blindada como parte integrante das Forças-Tarefa Link

Parte IV – Artilharia, a Arma Precisa Link

 

INTRODUÇÃO

           

 

Resumo

           

A Engenharia de Combate Blindada, na guerra assimétrica, deixou de ser apenas elemento orgânico da Bda Bld para ser parte integrante, combatente, das eventuais Forças-Tarefa (FT) organizadas para o cumprimento de uma dada missão. A presença de meios adequados associados à tecnologia de ponta se tornam características desta arma, que pode atuar de forma tática, mantendo os tempo de deslocamento da FT e protagonizando missões, bem como ter uso estratégico, conquistando uma dada população com sua capacidade de prover uma região com infra-estrutura que apóie sua subsistência.

A Eng Bld tem à disposição uma vasta coleção de veículos especializados, tão grande quanto existam técnicas empregadas por esta arma.

 

Introdução

           

Assim como os trabalhos anteriores desta série [1], este trabalho não se dedica a tratar de uma Arma ou Serviço na sua totalidade, mas de seu emprego no contexto descrito no artigo de abertura [2].  Aqui a Arma de Engenharia tem discutida somente alguns aspectos de seu emprego, surgidos em conflitos recentes. Desta forma os tópicos abordados terão somente este enfoque, ressaltando-se que as antigas atribuições permanecem, enquanto novas são adicionadas a cada conflito, sob o ponto de vista do comando de FTs blindadas.

           

Na chamada Guerra Assimétrica, a parte dita “fraca” vai empregar todos os meios para  negar à parte “forte” o uso da potência de fogo superior e da manobra. Como consequência disto, o Teatro de Operações (TO) passou a incluir áreas urbanas, além dos espaços abertos. Mesmo assim, a força “forte” se mostrou capaz de derrotar o adversário, mas o custo em vidas de não-combatentes, decorrentes disto, acabou por gerar dramas morais e uma reação mundial contra este tipo de operação. Um dos casos mais emblemáticos do custo da retomada de áreas urbanas por forças armadas é da Batalha de Manila, na Segunda Guerra Mundial, onde o Exército Americano desalojou, após um mês de combate, os defensores japoneses, ao custo da destruição da cidade e da morte de estimados 100.000 filipinos [3].

           

No pós-guerra, com todos os grandes exércitos do mundo apoiando seu poder ofensivo em FT blindadas, as diversas doutrinas geralmente determinavam que as forças blindadas evitassem qualquer área urbana ao máximo, limitando-se ao desbordamento ou envolvimento destas. Mas um novo tipo de cenário surgiu, na Chechênia e no Oriente Médio, e pode ser entendido na sua plenitude do trabalho general inglês John Kiszely [4], onde o inimigo retraiu justamente para as áreas mais povoadas e com o passar do tempo dispersou suas forças em pequenos grupos alojados em hospitais, escolas, prédios residenciais e toda instalação contra qual o uso de armamento pesado pudesse ser classificado como crimes de guerra, em uma livre interpretação, típica da grande mídia, da Convenção de Genebra. Assim o lado dito mais “fraco” se defende e tenta anular a superioridade de potência de fogo, mobilidade e tecnologia, do lado mais “forte”.

           

Para vencer este impasse, causado pelo impedimento de usar livremente os fogos de artilharia e manobras do elemento blindado, uma nova doutrina de emprego vem surgindo, que leva em conta a necessidade de se dominar áreas urbanas, sem poder contar com emprego da Artilharia “estatística” (aquela que bate indiscriminadamente uma área, não um ponto) nem massa de blindados manobrando. Seu emprego se baseia no uso das frações da tropa, apoiadas por suas viaturas em conjunto com tropa especializada de Engenharia e apoio de fogo vindos de CCs. Quanto à Inf Bld, o assunto é coberto em trabalho anterior dos autores [1]. Sem a Eng Bld, o cenário se torna o de impasse, baixas excessivas e derrota estratégica.

           

O novo cenário apresentado para as forças convencionais, forçadas a lutar uma guerra assimétrica, tornaram imperativa a presença da Engenharia de Combate Blindada não mais como elemento orgânico da Bda Inf Bld ou Bda Cav Bld e sim como parte integrante da Força Tarefa, avançando dentro da formação da mesma, em proporção definida pela missão. Seus veículos especializados transportam o material necessário e combatentes.

 

Classes de Veículos Empregados pela Engenharia Blindada

           

Diversos veículos são empregados pela Engenharia de Combate, mas este trabalho só ira abordar, e superficialmente, aqueles que são geralmente encontrados nas unidades de Engenharia Blindada [5].

 

Veículos de Recuperação

           

São veículos empregados na recuperação de CC, CBTP e outras viaturas. Também são capazes de efetuar reparos em campo. Estas viaturas se encontram, geralmente, em poder das unidades particulares. Ou com a Arma de Material Bélico, no EB. Mas em outros países pode ser listado como de “Engenharia”, em geral. São projetados em comum com carros de combate aos quais prestarão assistências. A seguir alguns dos seus modelos mais comuns e entre parênteses os CC dos quais se originam: Bergepanzer (Leopards I e II), Leclerc DNG (Leclerc), BREM (T-80), M88 (M48 A2).

 

Veículos de Recuperação são itens fundamentais da Engenharia Blindada, possibilitando a rápida reentrada em serviço de CCs e outras viaturas avariadas em combate – um Bergepanzer removendo motor de Leopard 1

Foto – Panzebaer

 Lançadores de Pontes

           

Projetados para permitir o rápido lançamento de pontes metálicas, para cruzamento de vãos, fossos e obstáculos relativamente estreitos (pontes tem até 30 m de comprimento). Podem ser feitos a partir de cascos de CC ou não. Seus modelos mais comuns são: Biber e PSB-2 (Alemanha), Tagash (Israel), Titan (UK), M60 AVLB e M104 Wolverine (EUA).

 

 

Existem hoje diversos veículos lançadores de pontes. Estas podem ser inteiriças, dobráveis ou compostas de seções deslizantes, como este Wolverine americano”

Movedores de Solo e Obstáculos Naturais

          

Recentemente incorporados às FT, esses veículos podem ser adaptações de veículos civis ou cascos de CC, que receberam lâmina de “bulldozer”, retroescavadeira, etc… Existem diversos, e dentre eles: Caterpillar D9 (Israel), M-105 DEUCE e M9 ACE (EUA), Kodiak e Wiesent (Alemanha), IMR-2 (Russia), Terrier (UK).

 

 

Veiculos com capacidade de abrir caminhos armadilhados ou impedidos, bem como criar obstáculos, se necessário. Na foto um Geniepanzer do EB. Ou Tratores tradicionais como este D9 podem ser configurados para serem capazes de operar sob pesado fogo de armas AC

Rompedores de Campos Minados

           

Veículos clássicos da Engenharia, os rompedores de campos minados tem entre os mais conhecidos: Patria HMBV (Finlandia), PUMA (Israel), ABV e SLUFAE (EUA).

 

Veículos rompedores de campos minados, desenvolvidos também para aplicações de Engenharia, como este exemplar de Trojan,

dos Royal Engineers (UK)

 

Carro Blindado de Transporte de Engenharia

           

Aqui chamados de CBTE (Carro Blindado de Transporte de Engenharia), estes novos veículos tem sido desenvolvidos e enquanto seus conceitos não são incorporados na geração seguinte de veículos, se destacam pela natureza improvisada e adaptativa. Um exemplo pode ser o CBTP “Nagmachon” israelense, que ao centro recebeu uma torre fixa e alta, onde seteiras e sensores permitem tanto a imobilização de explosivos improvisados (IED) como a caça à franco atiradores inimigos – esta segunda função se torna importante visto que uma tática comum de tropas irregulares é fustigar, e mesmo impedir o trabalho, equipes de desarme de IED através de seus atiradores, atrasando o movimento – o que causa alto custo para o atacante, a um baixo custo para o defensor.

Veículos híbridos, desenvolvidos para aplicações muito específicas, como este exemplar de Nagmachon, das IDF (Israel), que também pode ser usado para transportar tropas de Infantaria Foto: Nagmachon, Israel

Engenharia Empregada para o Controle dos Tempos

           

Todo o esforço hoje empreendido em relação à Engenharia Blindada, no tocante à guerra assimétrica, visa dotá-la de meios que mantenham a FT em movimento e cumprindo suas missões, nos tempos previstos. Desta forma, ela recebe também viaturas blindadas, com capacidade de resistir ao ataque de qualquer armamento tático do adversário, as  CBTE anteriormente listadas. Suas viaturas transportam combatentes de Engenharia, especializados nas missões descritas, até a proximidade dos alvos ou regiões de deslocamento que possam estar bloqueadas pelo inimigo. E oferecem o mesmo apoio dos CBTP, porém sem contar com torres automáticas de tiro, somente seus sensores e capacidade de transporte seguro [6].

           

Todo o exército moderno que pretenda ser capaz de obter vitórias estratégicas e não apenas táticas, deve contar com uma Engenharia Bld capaz de manter reduzido o tempo de deslocamento das FT. Da mesma forma, o inimigo vai empregar todos os meios à sua disposição para forçar as FT a aumentar este tempo, causando um número constante de baixas na força atacante, visando provocar o uso pesado e indiscriminado de artilharia e outros meios de destruição, quando a FT tenta forçar a volta do movimento.

           

Como dito, nota-se o emprego de recursos de baixo custo pelo defensor, como os IED, usados de maneira a causar danos de alto valor para o atacante, como a perda de vidas e o aumento dos tempos.

 

Mantendo a Velocidade de Deslocamento da FT

           

Uma das características da guerra assimétrica contemporânea é a necessidade de superar obstáculos físicos durante todo o conflito. Não superados em velocidade condizente com as velocidades da Era da Informação, estes obstáculos físicos podem se transformar em alicerces para obstáculos político-estratégicos. Desta forma, as vias que poderiam ser empregadas para deslocamento da FT certamente estarão repletas de carcaças de veículos destruídos, blocos de concreto remanescentes de construções demolidas etc, entremeados com Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) e minas terrestres. A remoção deste entulho e a desativação/destruição dos DEI tem que ser feita por veículo especializado, capaz de atuar tanto como retroescavadeira, por exemplo, como também CBTP. Esse tipo de missão irá se repetir à exaustão, junto com as demais já hoje à cargo da Arma. A missão da Engenharia pode ser definida então como manter a velocidade de deslocamento da FT.

 

Mantendo a Velocidade de Deslocamento da Infantaria Desembarcada

           

Uma vez desembarcada e atuando em uma área densamente povoada ou nos arredores semi-destruídos de uma cidade, a Infantaria Blindada costuma ser detida pela presença de atiradores, observadores que disparam armadilhas e/ou DEIs e mesmo pela presença de bandos desorganizados do adversário.

           

Sendo esta a maior fonte de baixas do Exército da Israel, na chamada Guerra do Líbano, surgiu naquele país uma nova doutrina para emprego da Engenharia, e então as tropas passaram a contar com equipes que abrem furos em paredes de construções usando explosivos moldados para tal. Desta forma a tropa penetra em um quarteirão pela parede da primeira construção, limpa a área de combatentes inimigos e avança para destruir a parede na extremidade oposta da primeira construção, adentrando a segunda e repetindo o processo, permitindo deslocamento com segurança pelo grosso da tropa, que é composta de infantes desembarcados. Desta forma, o número de combatentes perdidos para franco-atiradores, explosivos etc, cai para um número mínimo [7]. Este tipo de atuação, pela Eng Bld desembarcada, permite que toda a missão mantenha o cronograma, vital na guerra assimétrica.

           

O emprego desta tática porém deve ser balanceado, posto que, enquanto reduz as baixas amigas – melhorando a imagem “dentro de casa”, não será livre de questionamentos, dado que, ao passo e ao cabo de sua execução, destruirá um grande número de construções, geralmente moradias civis, no caminho até o último ponto de resistência adversária.

          

Tropas de Elite de Engenharia

           

O confronto do tipo assimétrico adquiriu tal proporção no Oriente Médio, que levou o Exército de Israel a criar uma unidade de Forças Especiais de Engenharia, o Sayeret Yahalom [8]. Embora não exista literatura técnica suficiente disponível sobre a unidade, sabe-se que ao ser organizada na forma de um “Sayeret”, trata-se de uma unidade de elite. Diz-se que esta unidade se preparou por um longo tempo para enfrentar os cenários de um eventual confronto na Faixa de Gaza, mas obviamente, nada é confirmado. Porém, a lição que fica é que existe a necessidade de se ter uma tropa de Engenharia capaz de executar estas missões aqui descritas [9].

 

Novos Meios

           

Uma das grandes soluções tecnológicas criadas para a guerra assimétrica e posteriormente  incorporada aos exércitos regulares é o uso de VRC (Veículos Remotamente Controlados), que operados à distância permitem que atividades mais perigosas realizadas pela tropa sejam realizadas por robôs, com graus variados de sofisticação. Desde os mais simples, portáteis, que podem ser lançados manualmente por um combatente, até aqueles dotados de níveis de decisão próprios [10]. A variedade destes equipamentos é grande, com novos fornecedores surgindo constantemente. No exército de Israel, parte do patrulhamento ao longo das cercas que separam o país da Síria e da Faixa de Gaza é realizado por pequenos robôs. Outro meio já testado na Operação “Protective Edge” foi o uso de radares portáteis, que permitem “ver” através das paredes. Em 2014 este equipamento só estava disponível para unidades de elite atuando naquela região, hoje já se discute distribui-lo para a tropa regular de Engenharia [11].

 

O desenvolvimento de novos robôs, que podem ser lançados pelo combatente por cima de um muro, por exemplo, abre novas possibilidades para a tropa de Engenharia, possibilitando no futuro uma tropa mista, que ataque com autômatos e humanos  Foto:Throwbots

Engenharia Empregada Estrategicamente

           

Assim como o papel tático preponderante no campo de batalha moderno e assimétrico, as possibilidades de prestação de serviços à comunidade, através de provimento de estruturas e ações de saneamento básico, construção de moradias, abertura de estradas e ferrovias etc, se tornam um vetor estratégico da Engenharia na guerra assimétrica. Isto é materializado por um velho ditado português que diz que “a revolta começa onde acaba a estrada” [12]. Assim sendo, a mesma Engenharia que destrói no nível tático, constrói no estratégico, colaborando para conquistar “corações e mentes”. Claro que a segunda missão é destinada à Engenharia de Construções e não à de Combate.

 

Seleção de Equipamentos

           

A solução clássica adotada por Israel para dotar seu Exército de blindados de Engenharia capazes de fazer parte de uma FT e ao mesmo tempo cumprir as missões da arma, tem sido a de transformar antigos CC em novos blindados de Engenharia [13]. No Brasil, a opção recai sobre a compra de blindados alemães de Engenharia, da família Leopard [14], equipados com os equipamentos necessários ao cumprimento da missão. Pelo que se observa nas campanhas russas (Chechênia), norte-americanas (Iraque e Afeganistão) e israelenses (Faixa de Gaza e Líbano), operar com proteção blindada menor que a de um CC típico tornará inócua a tentativa da Engenharia Blindada de executar suas missões, e a mesma sofrerá baixas incapacitantes durante as tentativas.

 

Conclusões

           

A possibilidade de enfrentamento na forma de uma guerra assimétrica se tornou presente para todas as Forças Armadas do mundo, com o aumento no número dos ditos Estados Falidos, movimentos separatistas ou de afirmação nacional, grupos terroristas e associações em rede de diferentes tipos de entidades. Nesta forma de conflito observa-se que:

          

– O lado “fraco” irá usar de todos os meios para paralisar o movimento da tropa “forte”, enquanto tenta causar baixas politicamente injustificáveis, tanto no lado “forte” quanto no seu próprio lado, de forma a causar derrota no plano estratégico, ao apresentar ao mundo a força atacante como criminosa de guerra.

           

– A Engenharia Blindada assume papel primordial, ao passar a ser elemento orgânico das FT, responsável pela manutenção da indispensável velocidade de manobra e consequentemente dos tempos reduzidos, que por sua vez irão colaborar para reduzir possíveis danos político-estratégicos.

           

– Existem veículos que podem ser adaptados para as novas missões requeridas da Arma de Engenharia e na falta destes, CCs não mais em uso podem servir de base para veículos especiais de Engenharia.

 

Referências Bibliográficas

[1] Carvalho, E. A. ; Carvalho, R. A. Reflexões Teóricas Sobre Conflitos Assimétricos: Parte II o Grupo de Combate de Infantaria Blindada e seus Meios. 2015.

[2] Carvalho, R. A.; Carvalho, E. A. Reflexões Teóricas Sobre Conflitos Assimétricos: Parte I Introdução ao Momento Atual. 2015.

[3] Pimlott, J., Anderson, D., Connaughton, R., The Battle for Manilla, Blooomsbury, London (1997).

[4] Kiszely, J., Post Modern Challenges for Modern Warriors, Defence Academy of the United Kingdom, December 2007 (pdf file em http://www.comw.org/rma/fulltext/0712kiszely.pdf)

[5]Wikipedia,https://en.wikipedia.org/wiki/Military_engineering_vehicle (acessado em 02/08/2015)

[6] Defense Media Network, http://www.defensemedianetwork.com/stories/israels-heavy-armored-personnel-carriers/(acessado em 02/08/2015)

[7] Shelach, A. Demolition – from a Specialized “Boutique” Competence to Widespread Availability, Israel Defense, issue 26, pp 42-43, May-June 2015

[8]-https://en.wikipedia.org/wiki/Yahalom_(IDF) (acessado em 02/08/2015)

[9] Gelbart, M., Modern Israeli Tanks and Infantry Carriers 1985 – 2004, Osprey Publishing, UK (2004).

[10] Israel Defense Technical Note, An Advanced Guard of Robots, http://www.israeldefense.co.il/en/content/advance-guard-robots (acessado em 02/08/2015)

[11] Boguslavsky, E., Handheld Radar System for the IDF Regular Units?, Israel Defense, issue 27, pp 86-87, July-August 2015

[12] Visacro, A. Guerra Irregular: terrorismo, guerrilha e movimentos de resistência ao longo da História, Contexto, 2009.

[13] Zidon, O., Armored Fighting Vehicles of the Israely Defense Force in the 21th Century, Wizard Publications, Israel (2012).

[14] Scheibert, M., The Leopard Family, Schiffer Publishing ltd, USA (1989)

 

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