PCC – Grupo vende 45 mil números de rifa e cobra mensalidade

Nota DefsaNet

Série especial sobre o PCC publicada na edição de Domingo de O Estado de São Paulo (OESP), 03JUNHO2018.

PCC usa doleiros e já fatura mais de R$ 400 milhões OESP Link

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Não pertence à série, mas leitura recomendada:

Eduardo Fernandes – A Hipótese PCC e a Quinta Coluna da Segurança Pública DefesaNet Link

 

Marcelo Godoy

O Estado de S.Paulo

 

Além de arrecadar com o tráfico local e internacional de drogas, os integrantes do PCC contam com R$ 1,9 milhão com a chamada cebola (a mensalidade paga pelos integrantes da facção) e vendem 45 mil números de rifa a cada dois meses no sistema prisional. O valor de cada número é de R$ 40 (R$ 1,8 mi/mês). Já a contribuição de "associados" é de R$ 950 por mês, mais do que o dobro do valor pago por um sócio do Clube Pinheiros, na zona oeste de São Paulo (R$ 420), por exemplo.

Cada um desses setores é cuidado por um representante da cúpula da facção, a Sintonia Final Geral, dirigida por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. A facção tem ainda departamento jurídico – a sintonia dos gravatas -; departamento de transportes – a sintonia dos pés de borracha; e outros setores, como o dos ônibus (para levar as visitas dos presos). A organização conta até com uma área que exerce a função de compliance: a chamada "disciplina", que cuida das "boas práticas baseadas na ideologia da facção".

Propostas

Para combater o crime organizado, o Ministério Público Estadual de São Paulo defende os investimentos na inteligência policial, a fim de prever tendências da criminalidade e identificar desdobramentos do crime. Essa seria a única forma de identificar líderes e seus auxiliares mais importantes.

Os promotores do Gaeco também consideram essencial aprofundar o monitoramento da movimentação da organização para identificar sua rotina. Para os promotores, a ação controlada, a captação ambiental de conversas, a intercepção telefônica e telemática, a colaboração premiada e a infiltração e a vigilância de campo são outros instrumentos importantes para combater o grupo.

 

 

Por fim, eles defendem quatro medidas que deviam ser adotadas contra o Primeiro Comando da Capital: o isolamento dos principais líderes no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), a transferência dos líderes para o Sistema Penitenciário Federal, o aumento de prazo de internação do RDD de 6 meses para 3 anos e a criação de um regime intermediário de cumprimento de pena a ser reservado aos presos ligados a facções criminosas no País.

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