Armamento utilizado por assaltantes da Prosegur é capaz de furar blindados e derrubar aeronaves

A Tribuna


Uma imagem divulgada na terça-feira (5) pode evidenciar o poder bélico à disposição dos criminosos que assaltaram a transportadora de valores Prosegur, em Santos, e mataram três pessoas, entre elas dois policiais rodoviários. Em destaque, está um fuzil ponto 50, fabricado nos Estados Unidos, de uso restrito às Forças Armadas e comumente utilizado em conflitos no Oriente Médio.

O veracidade do flagrante não foi confirmada nem negado pela Polícia Civil, que ainda analisa todas as imagens das câmeras de monitoramento da Prefeitura de Santos. O grupo aparece na caçamba de um picape prata, aparentemente na Avenida Martins Fontes, rota de saída da Cidade. O veículo também coincide com aquele deixado pelos bandidos na Via Anchieta. 

Especialistas e oficiais do Exército Brasileiro, ouvidos por A Tribuna On-line, destacam que arma é de precisão e tem um poder de fogo que ultrapassa os habituais: perfura carros de combate, veículos blindados e também danifica aeronaves. No mercado paralelo, ela pode ser vendida por mais de R$ 60 mil,  quando não alugada entre os grupos criminosos pela metade do valor. 

Placas de aço e paredes de concreto não são suficiente para barrar o poder do armamento. Por minuto, ela é capaz de disparar de 450 a 500 tiros. O alcance de precisão ao alvo chega a quase um quilômetro, mas o projétil pode atingir, segundo informações do Exército, até 7 quilômetros. Estima-se que o fuzil pese, aproximadamente, 40 quilos quando não está com munição. 

Um instrutor de tiro, que pediu para não ser identificado, lembrou que a arma era comum de ser encontrada em comunidades não pacificadas no Rio de Janeiro nos últimos anos. No entanto, organizações criminosas a trouxeram para São Paulo. No assalto semelhante, que ocorreu março desde ano em Campinas, a Polícia já havia informado que uma ponto 50 tinha sido utilizada.

Os especialistas em material bélico concordam ao dizer que quem a manuseou tem pleno conhecimento do equipamento e foi treinado para utilizá-la em conflito. O fuzil, segundo eles, requer cuidados, uma vez que pode ferir até mesmo a pessoa que a controla. Muitas vezes, são necessários duas pessoas para auxiliar no transporte do armamento, que também é fabricado na versão metralhadora. 

Nesta opção, ainda segundo informações do Exército, a arma pode atingir 70 quilos e deve ser manuseada por um grupo de pessoas. " Também com a metradora, o Exército só trabalha com perito. O manejo de alguém que não seja perito ocasiona fácil um acidente. Essa pessoa, pela imagem, provavelmente sabia muito bem no que estava mexendo", explicou um oficial das Forças Armadas. 

Ambas são encontradas em zonas de Guerra, como em regiões de conflito no Oriente Médio, principalmente as que envolvem as Forças Armadas dos Estados Unidos. Todas elas são empregadas em combate que envolvam aeronaves e veículos blindados, justamente para desarticular os inimigos, deixando-os sem material de combate e os afastando desses lugares.

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