O que você precisa saber sobre os protestos violentos para não ser idiota

Coronel Fernando Montenegro

Forças Especiais do Exército Brasileiro

Comandou a Ocupação do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro

Professor na Academia da Força Aérea de Portugal

 

Na década de 1930 do século passado, uma milícia paramilitar chamada Sturmabteilung intimidava e espancava violentamente qualquer pessoa que se manifestasse contra a ideologia nazista. Seus métodos serviram de modelo para camisas negras que aterrorizaram a Tailândia dez anos atrás e para a ANTIFA que tumultuou o a vida dos americanos e brasileiros nos últimos dias.

Até 2008 a Tailândia tinha um primeiro ministro de ascendência chinesa que era extremamente corrupto, Chamava-se Thaksin Shinawatra. A família fez fortuna com comércio. Para se eleger, ele prometeu mundos e fundos para a elite comercial. Mas após se eleger, resolveu roubar sozinho e promoveu mudanças nas leis para ficar com o monopólio da telefonia celular.

Em setembro do mesmo ano, quando ele foi participar da abertura da Assembleia Geral da ONU em Nova York, os tailandeses tomaram o aeroporto de Bangkok, ele não pôde retornar. Com a sua deposição, Abhisit Vejjajiva assumiu o posto de Primeiro Ministro da Tailândia.

Thaksin provavelmente deve ter deixado muito dinheiro nos bancos dos países do Golfo Pérsico, de onde ele permaneceu financiando manifestações de rua na Tailândia. No começo, era gente simples do campo que ia para Bangkok em troca de uns trocados, sem saber direito o que estavam apoiando, todos de camisas vermelhas, e assim foram aos poucos tomando quarteirões inteiros, inclusive nos bairros mais chiques e caros da capital. Os organizadores ofereciam dinheiro para eles ficarem lá, e tinha até uma tabela de valores que eram pagos em dinheiro por dia ou por noite que passassem na cidade.

Com o tempo, eles passaram a preparar intimidantes barricadas de bambu com as pontas afiadas bloqueando as ruas. Nem mesmo os moradores podiam passar. Isso durou semanas e acontecia, inclusive, próximo ao setor das embaixadas de Bangkok.

A partir de 2010, Thaksin passou a financiar os bestiais "Black Shirts", todos mercenários estrangeiros, normalmente (australianos, neozelandeses, russos…). Depois disso, a violência cresceu de forma exponencial e a população ficou assustada.   Ao identificar a importação de arruaceiros, as Forças Armadas passaram uns três dias tentando recolher os camponeses que haviam sido levados em ônibus fretados sem saber direito o que estavam apoiando, coisa bem parecida com os militantes do PT que saíam do interior em ônibus fretados em troca de cinquenta reais e um pão com mortadela sem saber que ideia estavam apoiando.

As viaturas do Exército Tailandês passavam de noite e, pelo megafone, convidavam os camponeses a sair dos abrigos que ocupavam e avisavam que tinham organizado transporte para levá-los de volta para suas aldeias. Muitos saíram, mas outros tiveram medo, porque quando entravam nos ônibus para irem para o centro de triagem, tinham que apresentar suas identidades, e ficaram medo de represália. Mas enfim, quando os militares concluíram que tinham retirado os inocentes úteis das manifestações, o Estado Tailandês resolveu demonstrar que detinha o monopólio legítimo do uso da força e reprimiu vigorosamente os mercenários em apenas um dia, restabelecendo a lei e a ordem em Bangkok. Durante os confrontos violentos, os “black shirts” incendiaram mais de quarenta edificações da capital tailandesa, incluindo um shopping center e um secular teatro de madeira.

Tudo indica que a orquestração internacional das manifestações violentas está de volta e procurando gatilhos como pretexto para legitimar suas ações, dessa vez, no continente americano. Nos Estados Unidos, desde o dia 25 de maio, policiais brancos de Mineápolis estão presos e responderão na justiça por causa da divulgação de um vídeo que mostrava o negro chamado George Floyd sendo imobilizado por oito minutos com o joelho no pescoço e a cara no chão, após desmaiar, foi levado de ambulância e morreu a caminho do hospital.

Mesmo com a rápida ação do Estado americano na repressão aos policiais, uma onda de protestos violentos foi desencadeada. O grupo que está por trás das ações extremistas é a ANTIFA, organização de extrema esquerda, que normalmente também usa camisas negras e é patrocinada pelo especulador e globalista internacional George Soros para disseminar ódio e violência. Nesse caso, o que interessa é promover o caos, não interessando se talvez o mesmo tipo de abordagem desastrada poderia ter sido feito em um branco, o importante é divulgar uma narrativa de que houve racismo. Em represália, Donald Trump pretende rotular a ANTIFA como organização terrorista porque eles usam os mesmos métodos que a SturmAbteilung (juventude nazista) do Adolf Hitler usavam para intimidar quem se opunham a eles, um grupo de uns dez espanca quem estiver usando ostensivamente uma camisa que simbolize um movimento de ideologia contrária, tudo sempre na base da violência, para intimidar e acovardar quem se opões a eles.

 

Já estava tudo articulado para as arruaças iniciarem no Brasil desde a semana passada, quando uma força tarefa de vândalos da ANTIFA desembarcou no país para inibir as manifestações pacíficas que têm ocorrido a favor do Presidente Bolsonaro e estavam previstas para esse domingo. No país, as primeiras atuações violentas dos vândalos mascarados vestindo camisas pretas já ocorreram na avenida Paulista e na praia de Copacabana no domingo 31 de maio agredindo os bolsonaristas. O mais estranho é que ao serem conduzidos às delegacias de polícia, já havia advogados esperando para soltá-los. Apesar de os camisas negras cobrirem os rostos para não serem identificados, portarem facas, barras de ferro e soco inglês para agredirem os bolsonaristas e a polícia, a imprensa afirma que eram manifestações pró Democracia.

Acredito que o Movimento Sem Terra também possa estar sendo articulado nos bastidores para agir com sua tradicional violência nos próximos eventos. No Brasil, talvez a nossa Lei antiterrorismo não permita o enquadramento desses grupos porque ela foi redigida propositalmente num formato que dificultasse isso. Naquele momento histórico de 2016, Dilma agonizava num processo de impeachment, havia extinguido o Gabinete de Segurança Institucional e não permitiram que nenhum militar ou policial participasse da parte final do processo. A preocupação principal era proteger os pseudo-movimentos sociais do tipo MST e os camaradas do tempo da luta armada de serem enquadrados como terroristas.

Vamos ver o que é possível aprender com os tailandeses para que possamos conter essa nova onda de violência orquestrada internacionalmente que chegou ao Brasil.

 

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