Composição das Reservas em Moeda Estrangeira Em Poder do Banco Central do Brasil

Prof. Ricardo Bergamini


Composição das Reservas em Moeda Estrangeira Em Poder do Banco Central do Brasil – Fonte BCB

 
Base: De Janeiro de 2011 até Julho de 2011
 
Balanço de Pagamentos – Base US$ bilhões

Itens 2011/2011 Até Julho/2011 2011/2011 % PIB
Exportação 140,5 140,5 140,5 10,14
Importação (124,4) (124,4) (124,4) (8,98)
Saldo Comercial 16,1 16,1 16,1 1,16
Viagens Líquidas (8,5) (8,5) (8,5) (0,61)
Transportes (4,2) (4,2) (4,2) (0,30)
Lucro/Dividendos (20,6) (20,6) (20,6) (1,49)
Juros Líquidos (5,2) (5,2) (5,2) (0,87)
Outros (8,2) (8,2) (8,2) (0,59)
Saldo de Serviços e Rendas (46,7) (46,7) (46,7) (3,37)
Transferências Unilaterais 1,7 1,7 1,7 0,12
Saldo de Transações Correntes (28,9) (28,9) (28,9) (2,09)
Amortizações (22,6) (22,6) (22,6) (1,63)
Necessidade de Financiamento (51,5) (51,5) (51,5) (3,72)
Investimentos Líquidos 77,7 77,7 77,7 5,61
Novos Empréstimos 24,1 24,1 24,1 1,74
Saldo do Balanço de Pagamentos 50,3 50,3 50,3 3,63
 

PIB 2011 (Previsão) – U$S 2.374,3 bilhões.
 
 
Movimentação das Reservas de 31/12/10 até 31/07/11

Movimentação US$ Bilhões

Saldo das reservas em 31/12/10

288,6
Saldo das transações correntes do balanço de pagamentos (28,9)
Saldo líquido entre captação e amortização de empréstimos externos 1,5

Saldo líquido dos investimentos externos diretos

49,0

Saldo líquido dos investimentos externos indiretos

28,7

Outros Créditos

7,2

Saldo das reservas em 31/07/11

346,1
 

 
 
Conclusões:
 

1) Mesmo com um saldo de reservas de US$ 346,1 bilhões em 31/07/11 o Brasil está no limite de uma crise cambial, em função do déficit nas transações correntes de US$ 47,5 bilhões (2,27% do PIB) no ano de 2010 e de US$ 28,9 bilhões (2,09% do PIB) até julho de 2011. Cabe lembrar que 85% das nossas exportações são de commodities (alimentos e metais), os quais tiveram uma valorização internacional em dólares americanos de 188,62% entre os anos de 2002 até 2010.  
 
2) O Brasil está sendo financiado pelos investimentos externos em função dos juros altos, não pelo seu comércio exterior. Qualquer interrupção desse fluxo de capital especulativo, ou queda nos preços das commodities deixaria o Brasil altamente vulnerável em seu balanço de pagamentos.
 
3) O governo terá que resolver a difícil dicotomia da política externa brasileira, qual seja: juros altos atraem investimentos externos que valorizam o real, diminuindo a competição dos produtos brasileiros no exterior, e consequentemente aumentando os déficits nas transações correntes.

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