Ciro Gomes – Gen Villas Boas seria demitido e Mourão é um “jumento de carga”

 

Bernardo Mello /

Fernanda Krakovics / Jeferson Ribeiro

Nota Links para as matérias referenciadas ao fim da página.

RIO – O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta quarta-feira, durante sabatina promovida pelos jornais O GLOBO, Valor Econômico e a revista Época, que os militares não participarão de forma política de seu governo, caso seja eleito. Ele também criticou Jair Bolsonaro, do PSL, e seu vice, o General Mourão, a quem chamou de 'jumento de carga'.

Segundo Ciro, seu projeto de país "não existe sem Forças Armadas fortes", mas evocou a Constituição para criticar, de forma dura, a intromissão de líderes militares da ativa na vida política nacional:

– Sob ordem da Constituição, eu mando e eles obedecem. Quero as Forças Armadas modernas, poderosas, mas militar não fala em política no meu governo – afirmou.

Ao falar sobre declarações do general Villas Boas, comandante do Exército, que questionou a legitimidade do futuro governo, Ciro disse que o militar sofreria consequências caso o pedetista fosse presidente:

– Estaria demitido e provavelmente pegaria uma "cana".

– Mas deixa eu explicar, ele está fazendo isso para tentar calar a voz das "cadelas no cio" que embaixo dele estão se animando com essa barulheira. Esse lado fascista da sociedade brasileira – afirmou Ciro, subindo o tom das críticas também ao vice na chapa de Jair Bolsonaro:

– Esse general Mourão, que é um jumento de carga, tem uma entrada no Exército e agora se considera tutor da nação. Os brasileiros têm que deixar muito claro que quem manda no país é o povo – disse Ciro, que também criticou os filhos de Bolsonaro:

– Estranhíssimos.

O candidato do PDT seguiu um discurso já adotado por Geraldo Alckmin (PSDB) de que os seis primeiros meses de governo são fundamentais para implementar medidas significativas.

– Todos os presidentes se elegeram com minoria no Congresso e tiveram poderes imperiais nos seis primeiros meses. Portanto, o tempo da reforma são os seis primeiros meses. Manter a energia política viva, chamar empresários, trabalhadores, não quebrar contratos, achar o consenso – enumerou Ciro.

 

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