Je Suis Charlie

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Editorial – DefesaNet


Je Suis Charlie

 
Dias após o 11 de Setembro uma Empresa Jornalística contatou o editor de DefesaNet para dar uma palestra sobre o que o ato terrorista, que causou mais de 3.000 mortes nos Estados Unidos e as implicações para o futuro.

Durante, a palestra ao detalhar novos conceitos como o de Assimetria de Forças, etc. O Editor afirmou que no futuro o alvo seriam eles, os jornalistas. Pelo simples fato de serem os que informam e formam a opinião pública.

A frase caiu como uma bomba na plateia composta de: membros da direção da empresa e com todos os redatores e principais jornalistas.

“Oh que horror!” “Este direitista.” “Impossível.”

Será devido a termos capital judeu? Foi a primeira pergunta? Não, Senhores. É pelo simples motivo de serem jornalistas. O real alvo desta Guerra que agora inicia.

Esta afirmação levou a um banimento do Editor por um bom tempo das mídias da empresa.

Hoje, após o ataque ver a opinião de agências noticias, órgão noticiosos, e “pesquisadores” entre tantos outros, que sutil ou abertamente acusavam as vítimas de serem responsáveis pelo atentado.

Foi algo muito triste.

Figuras nacionais, inclusive um famoso cartunista, em nenhum momento lamentou a morte do colega Georges Wolinski, ou condenou o atentado. Mas se vangloria e é altamente remunerado por alguns dias na prisão durante a Ditabranda.

A ação dos professores, que foram procurados pelos órgãos de imprensa, para contribuir com suas opiniões, com raríssimas exceções, culparam as vítimas.

É uma longa história de cerceamentos. Desde 14 de Fevereiro de 1989, quando o  Aiatolá Ruhollah Khomeini, emitiu a fatwa ordenando execução do indiano Salman Rushdie pelo seu livro os versos satânicos. Khomeini ordenou a todos os “muçulmanos zelosos” o dever de tentar assassinar o escritor, os editores do livro que soubessem dos conceitos do livro e quem tomasse conhecimento de seu conteúdo, conforme a fatwa.

Em recente viagem pelo interior dos Estados Unidos, ao presenciar militares retornando de sua missão na Guerra Contra o Terror terem de tirar suas botas para passar pelos detectores nos aeroportos, fica-se com a clara impressão de que a guerra está perdida.

Mais perdida quando temos que pensar duas ou mais vezes em expor o pensamento.

No período da comunicação total, cada vez mais as forças do obscurantismo trabalham de forma integral para a destruição do conhecimento e da livre circulação de ideias.

Aos 4 chargistas, ao pessoal da redação do Charlie Hebdo e aos dois policias mortos as homenagens de DefesaNet.

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