Contra espionagem, Dilma anuncia medidas para proteger e-mails

Jailton de Carvalho 
 
BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff determinou ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) a implantação de um sistema seguro de troca de e-mails em todo o governo federal. A presidente fez o anúncio da medida pelo twitter, na tarde de ontem. Recentes reportagens do "Fantástico" da Rede Globo, e do GLOBO, revelaram que a presidente Dilma, a Petrobras e outros setores estratégicos do país foram alvos de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA na sigla em inglês) dos Estados Unidos. 
 
"É preciso + (mais) segurança nas mensagens p/ prevenir possível espionagem" escreveu a presidente em sua conta no microblog. "Determinei ao Serpro implantação de sistema seguro de e-mails em todo governo federal" escreveu, salientando que "festa é D medida para ampliar a privacidade e inviolabilidade de mensagens oficiais" que o governo adota desde o surgimento das primeiras informações sobre a interceptação em massa de dados pessoais e supostamente comerciais de brasileiros pela estrutura da NSA, o núcleo central do serviço secreto americano. 
 
Pela ordem da presidente, o Serpro deverá se tornar a base operacional dos e-mails do governo federal. A partir daí, todos os e-mails trocados dentro da administração pública deverão transitar pelo sistema do Serpro e não mais de empresas privadas, como hoje. O Serpro já tem o programa específico para oferecer os serviços. Faltariam ajustes para atender à grande demanda que virá com as mudanças. 
 
O governo argumenta que o sistema operado pelo Serpro é mais seguro. Os e-mails não teriam que passar por canais no exterior, especialmente nos Estados Unidos, antes de chegarem aos destinatários da administração. Outra vantagem é que o governo brasileiro deixará de pagar licença às empresas privadas que prestam esses serviços atualmente. 
 
No ano que vem, o Brasil se diará um encontro internacional para discutir uma nova gestão da internet. A decisão foi anunciada na última quarta-feira pelo CEO da Internet Corporation for Assigned Names and Number (Icann), Fadi Chehadé, durante audiência com a presidenta Dilma. 

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