Minas Gerais – Se firma como Base Industrial e Pequisa

Nota DefesaNet

A Matéria do Estado de Minas de 26AGO13 tem alguns pontos confusos. Seguem eles:

1 – A declaração do Secretário de Ciência e Tecnologia de MG:  "A Boeing é o que é porque desenvolve suas próprias turbinas”, (????)

2 – Interessante que não é citado o complexo montado no entorno do Aeroporto de Confins.

O Editor
 

Pedro Rocha Franco


Em busca de suprir possível demanda gerada pelas empresas integradas ao Complexo Aeroespacial de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vai montar um centro de desenvolvimento de turbinas a gás, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A intenção é que seja desenvolvido produto para abastecer a produção de helicópteros e aviões executivos, das empresas Helibras e Axis Aeroespacial, ambas instaladas em Minas. No caso de sucesso dos estudos, pode ser instalada em território mineiro a primeira planta de turbinas a gás da América do Sul. A área onde a unidade será instalada já está definida, tendo sido cedida pela prefeitura e pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).

O projeto fazia parte dos planos da mineradora Vale. A empresa, no entanto, engavetou o projeto. Com isso, o governo mineiro contratou um dos principais envolvidos no estudo para dar sequência ao projeto: o professor do Instituto de Estudos Avançados da Aeronáutica (IEAv) coronel Marco Antônio Sala Minucci. O especialista deve ficar responsável por coordenar o projeto em parceria com professores e alunos da UFTM, tendo como objetivo desenvolver um produto capaz de suprir a demanda gerada por outros dois players do chamado Complexo Aeroespacial e outros segmentos que necessitam do produto.

“A Boeing é o que é porque desenvolve suas próprias turbinas”, afirma o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nárcio Rodrigues, ressaltando que o produto pode ser útil para a fabricação de helicópteros, mas também para a construção de termelétricas, o que garante ao projeto simpatia tanto da Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) quanto das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras).

Além de um embrião

O projeto em Uberaba, apesar de classificado como “embrionário”, é tido como o quarto eixo do Complexo Aeroespacial, somando-se aos polos de asas fixas e rotativas, em Tupaciguara (Triângulo Mineiro) e Itajubá (Sul de Minas), respectivamente, e ao centro de capacitação e formação de mão de obra, em Lagoa Santa (Região Central do estado). Nos dois primeiros serão produzidos aviões executivos e helicópteros civis e militares. Outros produtos também estão na pauta. No terceiro, o objetivo é o desenvolvimento de profissionais capazes de dar sustentação ao projeto.

A intenção do governo mineiro é formar um centro para que todas as empresas e instituições de ensino envolvidas possam sentar à mesa para debater possíveis formas de avanços no segmento aeroespacial. Segundo Nárcio Rodrigues, a intenção é haver troca de conhecimento. “Teremos um condomínio temático de instituições de ensino superior voltado para o segmento aeroespacial ainda este ano”, afirma o secretário, reforçando que a intenção do governo é desenvolver um centro essencialmente mercadológico, no qual a geração de empregos de qualidade e recursos seja capaz de sustentar os investimentos necessários em aprendizado. “O grande lance é a academia se envolver com os negócios para usar toda a inteligência a favor da difusão do conhecimento”, afirma.

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