Rússia diz ter destruído mísseis S-300 dados à Ucrânia por país europeu

A Rússia afirmou nesta segunda-feira que havia usado mísseis de cruzeiro para destruir mísseis antiaéreos S-300 que haviam sido fornecidos à Ucrânia por um país europeu não identificado.

A Rússia lançou os mísseis de cruzeiro Kalibr no domingo contra quatro lançadores S-300 que estavam escondidos em um hangar nos arredores da cidade ucraniana de Dnipro, segundo o Ministério da Defesa russo.

A Rússia disse que 25 soldados ucranianos foram atingidos no ataque. OS russos disseram que "mísseis Kalibr de alta precisão lançados do mar" destruíram os mísseis antiaéreos S-300 que haviam sido "entregues ao regime de Kiev por um país europeu".

A Rússia não disse qual país europeu havia fornecido os sistemas S-300. A Eslováquia, que havia doado tal sistema de mísseis à Ucrânia, disse que as armas que havia fornecido não tinham sido atingidas.

"Nosso S-300 não foi destruído", disse a porta-voz do governo eslovaco, Lubica Janikova. As forças russas também derrubaram dois aviões ucranianos Su-25 perto da cidade de Izium e destruíram dois depósitos de munição, um dos quais perto da cidade de Mykolaiv, no sul, disse o Ministério da Defesa russo. Os militares ucranianos não responderam de imediato a um pedido de comentários.

Rússia não interromperá operação militar na Ucrânia para negociações de paz


 

Rússia não interromperá sua operação militar na Ucrânia para as rodadas subsequentes de negociações de paz, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta segunda-feira.

Autoridades russas dizem que as negociações de paz com a Ucrânia não estão progredindo tão rapidamente quanto gostariam e têm acusado o Ocidente de tentar atrapalhar as negociações apresentando acusações de crimes de guerra contra tropas russas na Ucrânia, o que Moscou nega.

Em entrevista à televisão estatal russa, Lavrov afirmou que não vê motivo para não continuar as negociações com a Ucrânia, mas insistiu que Moscou não interromperá sua operação militar quando os lados se reunirem novamente.

Lavrov disse que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a suspensão da ação militar durante a primeira rodada de conversações entre negociadores russos e ucranianos no final de fevereiro, mas que a posição de Moscou mudou desde então.

"Depois que nos convencemos de que os ucranianos não estavam planejando retribuir, foi tomada a decisão de que, durante as próximas rodadas de negociações, não haverá pausa (na ação militar) enquanto um acordo final não for alcançado", disse Lavrov.

A Rússia enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia em 24 de fevereiro, no que chama de operação especial para degradar as capacidades militares do país vizinho e erradicar pessoas que Moscou chama de nacionalistas perigosos.

As forças ucranianas montaram forte resistência e o Ocidente impôs sanções abrangentes à Rússia em um esforço para forçá-la a retirar suas forças. (Reportagem da Reuters)

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