Rússia admite perdas de tropas na Ucrânia pela primeira vez

O Ministério da Defesa da Rússia reconheceu pela primeira vez as baixas sofridas em suas tropas desde o começo dos conflitos na Ucrânia. O exército russo admitiu que houve soldados “mortos e feridos” entre os combatentes, contudo, sem informar o número total.

Por meio da televisão estatal, o porta-voz do Exército de Moscou, Igor Konashenkov, afirmou que “os militares russos estão mostrando coragem e heroísmo enquanto cumprem tarefas de combate na operação militar especial”, e acrescentou: “Infelizmente, há mortos e feridos entre nossos camaradas.”

Ainda assim, exaltou a capacidade russa no conflito: “Nossas perdas são várias vezes menores do que as dos nacionalistas destruídos e as perdas entre as forças armadas ucranianas.”

Putin coloca forças de dissuasão nuclear em 'alerta especial'

Mais cedo neste domingo (27), o presidente russo Vladimir Putin colocou as forças estratégicas de dissuasão nuclear do país em alerta “especial” neste domingo (27). A medida foi anunciada durante uma reunião com o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, e o chefe de gabinete, Valery Gerasimov.

Segundo o presidente da Rússia, a postura vem em resposta à retórica "hostil" de altos funcionários da OTAN. "Os países ocidentais não estão apenas tomando ações econômicas hostis contra nosso país, mas os líderes dos principais países da OTAN estão fazendo declarações agressivas sobre nosso país. Então, ordeno que as forças de dissuasão russas passem a um regime especial", afirmou Putin.

Rússia "desacelerou ritmo da ofensiva" na Ucrânia, afirma exército de Kiev

A Rússia "desacelerou o ritmo da ofensiva" militar na Ucrânia no início do quinto dia da invasão, quando são aguardadas negociações em Belarus, afirmou nesta segunda-feira (28) o exército ucraniano.

"Os ocupantes russos desaceleraram o ritmo da ofensiva, mas continuam tentando obter êxitos em algumas áreas", afirma um comunicado divulgado pelo Estado-Maior ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira, o que marcou o início de uma guerra que chocou o mundo.

As forças ucranianas, apoiadas por armamento ocidental, lutam de maneira intensa para resistir ao avanço do exército russo, segundo o governo dos Estados Unidos, que lidera as condenações e a campanha do Ocidente de sanções.

"Em violação ao direito humanitário internacional, os ocupantes executaram um ataque com míssil contra edifícios residenciais nas cidades de Zhytomyr e Chernigov", afirmou o Estado-Maior das Forças Armadas, em referência a cidades do noroeste e norte do país.

"Ao mesmo tempo, todas as tentativas dos invasores russos de alcançar o objetivo da operação militar fracassaram", acrescentou.

"O inimigo está desmoralizado e sofre muitas perdas. Observamos casos frequentes de deserção e desobediência. O inimigo percebeu que a propaganda e a realidade são diferentes", conclui a nota do exército ucraniano.

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