Visita de Dilma Rousseff à França reacende a polêmica sobre os caças franceses Rafale

Danilo Rocha Lima

Acompanhada de cinco ministros, a presidente Dilma Rousseff chegou à França para uma visita oficial de três dias. Dentre os assuntos a tratar, sem dúvidas, o centro das atenções entre os dois países é a venda de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). O caça francês Rafale ainda está na briga, que se arrasta desde o governo Fernando Henrique Cardoso, contra os concorrentes F-18 Super Hornet da americana Boeing e o sueco Gripen.

As vésperas da viagem da comitiva brasileira à França, a revista Isto é revelou a preferência da FAB pelos caças americanos e diz que a presidente anunciará em breve a decisão, baseada em relatórios técnicos da própria Aeronáutica. De acordo com a publicação, a Boeing já se comprometeu até mesmo em abrir um centro tecnológico no Brasil.


O pesquisador francês e especialista em relações latino-americanas, Jean-Jacques Kourliandski diz que a venda dos caças Rafale representaria um grande incentivo para a estagnada economia francesa. Ele lembra que o fato de França e Brasil serem parceiros de longa data no setor de armamentos, ainda pode ser um ponto favorável para o franceses no momento da decisão brasileira.

O professor de relações internacionais da Universidade de Brasília, Antônio Jorge Ramalho diz que a preferência pelos americanos F-18 representaria também para o Brasil, a diversificação do seu comércio de armamentos.

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