UMA DAS SOLUÇÕES POSSIVEIS PARA A EMBRAER

UMA DAS SOLUÇÕES POSSIVEIS PARA A EMBRAER
  
Como a EMBRAER em tese ficará sozinha no mercado comercial terá quatro atores para enfrentar nesta cena , no futuro.

E um mercado que tem grandes dimensões. A Embraer prevê que haverá uma demanda de 10.550 novas aeronaves com até 150 assentos em todo o mundo para os próximos 20 anos, no valor de US$ 600 bilhões,. Essa imensa frota um valor superior a o PIB anual do Chile.(2019 Paris Air Show)

Japoneses com o Mitsubishi , Jet Star com duas versões, o M 90( 76 a 92 passageiros=pax) e o M100 (70 a 88 pax). O programa encontra-se atrasado 7 anos, e deverá estar pronto para entregas em 2022. Estão com muita dificuldade na Certificação (a EMBRAER é crack nisso). Tem 400 encomendas e problemas com fornecedores devido aos atrasos. Já gastou 6 bi US$. Esta pagando multas pelos atrasos, donde a compra da EMBRAER pelos Japoneses seria boa, pois entregaria os E 2  até sua produção ficar pronta em 2022 e dai começaria a entregar livrando-se das multas contratuais. Tem mais de 200 técnicos brasileiros trabalhando lá.

Russos – A empresa russa, United Aircraft Corporation (UAC), planejou produzir de 35 a 40 aeronaves do modelo Sukhoi SuperJet 100 (SSJ100) por ano, com um total de 38 aviões em 2017, disse o presidente da UAC, Yuri Slyusar, nesta quarta-feira. Apesar de ser barato, não pegou no mercado, pois so foi vendido em poucos países. Sofre problemas políticos e de embargos econômicos. Fora do páreo.

Airbus-Bombardier – Poucos aviões feitos, experiência em 8 países, mas usa a força econômica da AIRBUS. Fora do páreo e grande rival.

Chineses – Fabricam uma avião velho , feio, pesado e que só serve para operar na Ásia e na África. Os chineses prepararam campos de pouso especiais para operarem este avião na África. As encomendas são 90% de empresas chinesas. Tem interesse em entrar na aviação comercial. Precisariam e muito dos conhecimentos da EMBRAER (tanto em Certificação como em projeto). Tem dinheiro e grande interesse para entrarem nesta alta tecnologia, pois mandam astronautas para o espaço, mas, para aviões comerciais, colecionam erros.

Embraer está preparando um processo de arbitragem contra a Boeing . Esta alega que a brasileira não completou a operação total e quebrou o MTA, mas não significa que poderá no futuro outro MTA por 2 bi, por exemplo em vez de 4,2 bi, assim agradando o mercado americano que não estava concordando com o primeiro.

A EMBRAER que valia 4.2 bi de dólares hoje vale 1,3 bi , os chineses farejam bons negócios e eles têm dinheiro, além de necessidades tecnológicas para comprar a EMBRAER por uma bagatela. Como estão fazendo no mundo inteiro comprando Companhias importantes. Aos empregados da EMBRAER e ao sindicato, na netflix um filme "INDUSTRIA AMERICANA",onde chineses compram uma fabrica no interior dos USA, de para-brisas, e, vejam o método de trabalho dos chineses .
MEU AMIGO @ANDERSON fez uma análise ABAIXO: Diante do possível fim da Proposta de JV entre a Boeing e a Embraer, seguem algumas possíveis considerações:
  
A Embraer tem caixa para aguentar até quando?

Temos que considerar também que a Boeing é experta e ficar atentos: que, em toda negociação, qualquer possibilidade de redução de valores pode interessar a quem compra… lembra da vovó: "Quem desdenha, quer comprar"… então é preciso avaliar todas as fichas e cenários…

Além da questão de considerar o momento, o caixa, as intenções na negociação de valores e os fatos relevantes do processo de JointVenture até aqui, é preciso considerar também os argumentos considerados no passado e que realmente justificavam a intenção de compra…

Por exemplo, um dos fatores possíveis era que, em 2010 na apresentação que ele  fez representando a Embraer e divulgando nossa Cadeia Aeorespacial em Seattle, substituindo nosso VP dos EUA, foi colocado por um representante americano que:

1.    mais de 50% da mão-de-obra da área de Aeroespacial iria se aposentar nos próximos 10 anos…(Trump conseguiu adiar estas aposentadorias para 2025.

Agora cabe a pergunta: com a crise do COVID, ainda irão?

2. Os jovens não queriam empregos na área e preferiam trabalhar em TIC e outros empregos…

Cabe a pergunta: com a crise do COVID, ainda não querem? E terão empregos em outras áreas?

3. Robôs ainda não são viáveis para montagens finais e partes complexas do processo…

A crise do COVID, não mudou isso. Ficou provado recentemente que não deu certo.

Mas se o item 1 e 2 acima forem afetados, ainda justificaria à Boeing buscar fora capacidade?

4. Além disso,
 

a) com a lição aprendida de Fukushima com o risco de Tsunami destruir os portos da costa oeste e inutilizá-los por 1 a 2 anos, e,

b) com o risco geopolítico e comercial quanto as rotas próximas à China, definiram como meta o desenvolvimento de alternativas de suprimentos via costa Leste…


A crise do COVID, não mudou isso.

A crise comercial com a China, talvez até aumente essa necessidade.

Então cabe a pergunta: Isso justificaria o suficiente para fazer o investimento AGORA?

5. Cultura aeronáutica não é qualquer país que tem…

A crise do COVID, não mudou isso.

Mas, na verdade, a demanda de diminuir dependência da China, deverá é acentuar a necessidade de segunda fonte ou fonte alternativas de suprimentos (Embraer, fornecedores Brasileiros e Latinos a partir do Brasil) para a Cadeia AE&D e outras.

Então cabe a análise: Se a Boeing não investir na Embraer, MAS OUTRA INSTITUIÇÃO tomar seu lugar e o fizer, retiraria essa alternativa para a diversificação, a disponibilidade de Recursos Humanos e de fornecedores alternativos à China e ainda, canal pela costa Leste a ponto de justificar o suficiente fazer o investimento AGORA?

Escreve, meu amigo que:

Importante lembrar que análises e cenários são hipóteses que podem acontecer ou não e o que buscamos fazer é aplicar os 3P dos ensinamentos de sua firma. PREVER, PARA PROVER, A FIM DE PREVINIR .

Bem provável que o americano volte a carga.

       MINHA SUGESTÃO:
 

1-    Como é muito bom negócio e estar super desvalorizada, o Governo brasileiro deveria comprar ou estatizar a EMBRAER.

2-    Se o intuito é vende-la, que se venda daqui a 3 ou 4 anos por 6 ou 8 bi US$.

3-    O governo brasileiro poderia pagar suas dividas com ações da Embraer, ou pagar o excesso dos salários acima de 40000 R$,  com ações da Embraer.

4-    O governo poderia em vez de pagar suas letras do tesouro, sauda-las com ações da Embraer

5-    O governo poderia pagar os precatórios com ações da Embraer.

 

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Com os pesquisadores: 

Luís Felipe Giesteira – PhD, Coordenador de Governança Internacional e Estudos Estratégicos da DINTE/IPEA;
Thiago Caliari, PhD, Professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e,

Marcos José Barbieri Ferreira, PhD, Professor da FCA-UNICAMP e coordenador do Laboratório de Estudos das Indústrias Aeroespaciais e de Defesa (LabA&D), Coordenador do projeto Economia da Defesa do Pró-defesa.

DefesaNet Maio 2020 Link

 

EMBRAER: hora de o Estado agir com inteligência e ousadia
Estudo de membros do IPEA / ITA / UNICAMP chamando para a importância do momento da ação do Estado no caso da EMBRAER.
DefesaNet Maio 2020 Link

 

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