Operação Amazonia – Início da manobra ofensiva da 16ª Brigada de Infantaria de Selva no maior exercício do ano na região amazônica

No dia 15 de setembro, a 16ª Brigada de Infantaria de Selva, “Brigada das Missões”, por meio de seus elementos de manobra e de apoio, iniciou as ações ofensivas para a retomada do "Delta Prometido" na Operacão Amazônia.

A missão da Força-Tarefa (FT) Brigada das Missões iniciou com a marcha motorizada na direção Manaus (AM) – Manacapuru (AM), em um comboio constituído de 57 viaturas, dois blindados e oito motos. No percurso, a 16ª Bda Inf Sl enfrentou resistência por parte do inimigo.

Após o sucesso em rechaçar o oponente, a FT realizou a junção e substituição das tropas da FT Aeromóvel. Ao final do deslocamento, a FT Brigada das Missões ocupou uma zona de reunião próxima de Manacapuru, visando o isolamento e o investimento contra a cidade.

Pela primeira vez, Artilharia do Exército dispara com o Sistema ASTROS em ambiente operacional amazônico

o dia 15 de setembro, o 6º Grupo de Mísseis e Foguetes (6º GMF), sediado em Formosa (GO), realizou duas missões de tiro real, com o objetivo de neutralizar uma base do exército oponente. Foi o primeiro tiro com o sistema de lançadores múltiplos ASTROS em ambiente amazônico.

O exercício militar é parte da Operação Amazônia, uma simulação de guerra em ambiente de selva. Além do ASTROS, a missão de tiro real envolveu disparos dos mísseis antiaéreos RBS-70 e IGLA-S. Considerado o maior exercício de adestramento militar realizado na região, a operação reúne 3.600 integrantes de seis Comandos Militares de Área.

O disparo do ASTROS ocorreu numa base do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), no quilômetro 61, às margens da AM-010, que liga Manaus ao município de Rio Preto da Eva (AM). O desafio das missões de tiro começou antes mesmo da própria execução.

De Goiás a Belém, de Belém a Manaus, percorrendo mais de 3.600 quilômetros, o 6º GMF deslocou o efetivo por uma distância quase como de Paris (França) a Moscou (Rússia).

"Fazer o deslocamento estratégico, fazer essa concentração aqui é muito importante para dominarmos certos dados médios de planejamento, para fazermos a coisa certa quando preciso for", disse o General de Brigada Valério Luiz Lange, Comandante da Artilharia do Exército Brasileiro.

Acompanharam o exercício militar o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; o Comandante do Exército, General de Exército Edson Leal Pujol; e o Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira.

"Realmente, fiquei impressionado com a concentração estratégica dos meios, particularmente do Exército Brasileiro, que cerraram para a Amazônia para essa operação, o que já é um exercício muito bom", ressaltou o Ministro da Defesa.

"A presença do ASTROS aqui na Amazônia simboliza que as Forças Armadas e que o Exército Brasileiro são capazes de estar presentes em todo o território nacional e em condições de defender a nossa democracia, a nossa soberania e as nossas fronteiras", destacou o Comandante do Exército.

Potencial de fogo

O Astros 2020 é um sistema para a saturação de área, com o objetivo de lançar grande quantidade de fogos em um curto espaço de tempo. Os foguetes são de grande profundidade, com um tiro de rigoroso controle de precisão e inteligência.

É uma arma eficiente e precisa, com munição de altíssima capacidade de destruição. Os foguetes têm a capacidade de destruir uma área de 16 km² e o seu alcance varia entre 30 e 80 km. A tecnologia do ASTROS é toda de fabricação nacional.

A empresa Avibras desenvolve esse sistema desde a década de 1980 e já trabalha num foguete com alcance de 300 km. Os mísseis IGLA-S são considerados de curto alcance.

Podem ser operados por um único homem e possuem alcance de seis quilômetros e altitude máxima de 3.500 metros. Já o RBS-70 é um míssil de superfície, portátil, que pesa 15 quilogramas e que tem a finalidade de suprir as necessidades de defesa antiaérea à baixa altitude.

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter