Entre a vegetação não era possível vê-los. Camuflados, militares dos três Batalhões de Infantaria e do Regimento de Cavalaria da 11ª Brigada de Infantaria Leve (11º BIL) aguardavam a conclusão dos fogos de preparação do 2° Grupo de Artilharia de Campanha Leve (2º GAC L) para atravessar o Rio Mogi-Guaçu em botes do 2° Batalhão de Engenharia de Combate (2º BE Cmb) e conquistar o campo de pouso da Academia da Força Aérea, em Pirassununga (SP).
Pode parecer muita informação. Mas esse era o complexo cenário simulado que o Exercício Agulhas Negras reservou para o seu Dia D de operações. Tudo isso nas primeiras horas da manhã de 22 de novembro.
Após 20 minutos de intensos fogos simulados de artilharia, às 5h30 da manhã, a infantaria atravessou o Rio Mogi-Guaçu em botes do 2° BE Cmb e enfrentou os inimigos simulados na segunda margem. Após afastar os inimigos a uma distância de 600 metros da margem e conquistar a primeira linha de alturas no terreno, os infantes garantiram que o inimigo não teria mais como realizar fogos diretos contra o restante da tropa que atravessaria o rio na sequência, garantindo, desse modo, uma travessia mais segura a quem viria depois.
Às 7h30 da manhã, o 2° BE Cmb recebeu a autorização para montar suas passadeiras e abrir caminho para que o restante da infantaria atravessasse o rio a pé. A tropa avançou mais oito quilômetros para dentro do território que, há poucas horas, era dominado pelo inimigo simulado e garantiu, assim, que a Engenharia continuasse seu trabalho. Às 9h da manhã, o 2° BE Cmb lançou no rio suas portadas. Sobre elas, viaturas, carros de combate e obuseiros atravessaram o curso d’água. A tropa seguiu terreno adentro e realizou, no final do dia, a junção com tropas aeromóveis da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).
Fotos:: Sd Artoni / 2ª DE