Exercícios internacionais mostram capacidade operacional e de colaboração do Exército Brasileiro

Brasília (DF) – No ano de 2023, o Exército Brasileiro tem demonstrado sua competência profissional e habilidades diplomáticas por meio da participação em exercícios combinados internacionais, estreitando laços com nações amigas e fortalecendo sua posição no cenário militar global. As operações Fer de Lance, Arandu, Paraná III e Core 23 são exemplos desse engajamento.

As operações combinadas representam uma das formas mais efetivas de treinamento e cooperação militar entre países, em que forças armadas de diferentes nações unem suas capacidades e experiências para enfrentar desafios comuns. Neste ano, o Exército Brasileiro tem se destacado ao participar ativamente de exercícios combinados em várias frentes.

Ao acompanhar o último exercício combinado, realizado em território argentino, o Comandante do Exército ressaltou a importância dessa modalidade de treinamento para a Força. “É uma grande satisfação ter a possibilidade de assistir tantos meios mobilizados, tanto esforço recompensado. Nossa tropa só ganha com isso”, afirmou o General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

Operação Fer de Lance
Considerado o exercício de maior envergadura da Força Armada Francesa, realizado na América do Sul neste ano, a Fer de Lance contou com a participação de militares do Brasil, Suriname e Guiana, além de integrantes do Exército, Marinha e Força Aérea da França. Essa integração teve como proposta o intercâmbio de conhecimento profissional e o desenvolvimento da cooperação regional.

O exercício conjunto, combinado e interagências envolveu trabalho de Estado-Maior e emprego de tropas no terreno durante o mês de março. O quadro tático contemplou Operações Ofensivas terrestres, fluviais e em ambiente de selva, contra forças regulares e irregulares. Além disso, os militares realizaram operações na faixa de fronteira e defesa de litoral, inclusive com evacuação de não combatentes.

Operação Arandu


Com participação de 300 militares brasileiros e 348 militares argentinos, a Operação Arandu é um exercício de integração entre os Exércitos Brasileiro e Argentino em um contexto de guerra. A execução do ciclo de exercícios militares Arandu foi estabelecida na XIV Conferência Bilateral, em 2020.

A Operação Arandu é realizada, neste ano, no Campo de Instrução General Ávalos, em Monte Caseros, na Argentina, no período de 31 de julho a 4 de agosto. É o único exercício no terreno em que a Força Terrestre brasileira participa com tropa no exterior no ano de 2023.

Além de consolidar os laços de união, cooperação e amizade entre os exércitos dos dois países, o exercício propõe o compartilhamento de experiências doutrinárias em planejamento de Estado-Maior e no emprego de tropas de operações especiais, paraquedistas, aeromóveis e blindadas.

Operação Paraná III
A próxima atividade de projeção internacional, com participação da Força Terrestre, será a Operação Paraná III, que contará com tropas de sete exércitos em um exercício de ajuda humanitária. A atividade será realizada nos municípios do oeste do estado da Paraná, entre os dias 12 e 18 de agosto. Conduzida com uma simulação de desastres naturais, serão explorados casos hipotéticos com o emprego de um esforço internacional para proporcionar ajuda e proteção à população. Os casos simulados vão focar no atendimento médico em hospital de campanha, resgate aeromóvel e fluvial, deslizamento com vítimas, ressuprimento em áreas de desastre, entre outros.

Essa é uma das atividades previstas pela Conferência dos Exércitos Americanos (CEA), atualmente presidida pelo Exército Brasileiro. Participarão do exercício militares da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana e Uruguai.

Operação Core 23


A Operação CORE 23 vai reunir militares do Exército Brasileiro e do Exército dos Estados Unidos da América (EUA) para um exercício combinado na Amazônia Oriental, entre os dias 29 de outubro e 20 de novembro. Tropas dos dois países vão compartilhar experiências e trocar conhecimentos sobre doutrina, técnicas, táticas e procedimentos de defesa.

O exercício é fruto de um Acordo de Cooperação em Matéria de Defesa, entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, promulgado pela presidente Dilma Roussef em 2015. Neste ano, o Exército Francês também participará com uma fração do 3º Regimento Estrangeiro de Infantaria.

Diplomacia Militar
Além de mostrar sua excelência operacional e capacidade de colaboração, a participação do Exército Brasileiro em exercícios combinados também fortalece a diplomacia militar do país. Essas ações permitem a construção de relacionamentos sólidos e a promoção da confiança mútua entre forças armadas de diferentes nações. A diplomacia militar é uma ferramenta crucial para a prevenção de conflitos e para a construção de uma comunidade internacional mais segura e estável.

Fonte: Por Lauro Moraes, Centro de Comunicação Social do Exército

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter