Mais de quatro mil participantes, oriundos de cerca de 80 organizações militares de várias partes do país, em 11 dias de atividades no terreno. Números grandiosos de um dos maiores exercícios de adestramento da América Latina, a Manobra Escolar 2019, que acontece entre 4 e 15 de novembro, no campo de instrução da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), bem como em outras cidades da região.
Promovido pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), o exercício é o coroamento do ano letivo dos estabelecimentos de ensino da Força, consolidando os conhecimentos adquiridos acerca do emprego conjunto das Armas, Quadros e Serviços, para contribuir com a evolução da doutrina militar terrestre.
Nessa quarta-feira, 6 de novembro, foi realizado o apronto operacional, atividade que praticamente desencadeou as operações da Manobra Escolar. As frações constituídas dispuseram seus efetivos no amplo gramado do Campo de Marte, localizado na Avenida do Exército, via de acesso ao Portão Monumental da AMAN.
O dispositivo também contou com a maior parte das viaturas operacionais, blindados e helicópteros que serão empregados na Manobra. “Poucos exércitos do mundo possuem a capacidade de mobilizar e concentrar efetivos e meios de rincões tão afastados desse país continental. Trata-se de um exercício de grande magnitude, que coroa o período de instrução das nossas escolas”, destacou o General de Brigada Gustavo Henrique Dutra de Menezes, Comandante da AMAN.
O Coronel Héracles Zillo, da Assessoria de Doutrina do DECEx, ressalta a importância da integração entre os estabelecimentos de ensino, conjugando esforços das diferentes capacidades da Força. “Na Manobra, os militares colocam em prática aquilo que aprenderam em suas respectivas escolas, cada um em sua especialidade e dentro do seu nível, integrado em uma fração.
É um evento marcante de conclusão do ano de instrução”, acrescentou. Cadetes da AMAN e alunos dos estabelecimentos de ensino subordinados ao DECEx participam da Manobra Escolar. Além deles, também estão na atividade alunos de outras três escolas com subordinações distintas: o Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), a Escola de Inteligência Militar do Exército (EsIMEx) e o Instituto Militar de Engenharia (IME).
O Tenente-Coronel Carlos Eduardo Pereira Porto Alegre Rosa, Comandante da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe), um dos estabelecimentos de ensino envolvidos, ressalta “a satisfação dos alunos em praticar os conhecimentos e, principalmente, em se integrar com militares de outras áreas".
A Manobra Escolar simula uma situação de combate, com uma Força Terrestre Componente atuando em operações no amplo espectro. São exploradas ações básicas, como ofensiva, defensiva, cooperação e coordenação com agências, além de ações complementares, a exemplo de abertura de brecha, transposição de curso d'água e operação de assistência humanitária. Novas capacidades, como a Defesa Cibernética e as Operações de Informação também são contempladas no exercício.
Créditos: ST Edmilson e Cb Estevam