Japão testa o primeiro sistema de navegação autônomo para embarcações do mundo

O Japão completou recentemente o teste da embarcação com o primeiro sistema de navegação totalmente autônomo do mundo para essa categoria de transportes. A balsa percorreu um trecho de 240 km no Mar Lyonda, no Japão, a uma velocidade de 48 km/h e conseguiu realizar os procedimentos de atracação ao final da viagem, tudo de forma totalmente autônoma.

A iniciativa foi feita em conjunto pela Nippon Foundation com a sua subsidiária Mitsubishi Shipbuilding e a empresa de transporte marítimo Shin Nihonkai Ferry. A demonstração faz parte de um projeto que teve início em fevereiro de 2020 através do programa MEGURI 2040, um plano para acelerar o desenvolvimento de embarcações autônomas.

Soleil

A embarcação com 222 metros de comprimento conhecida como o Soleil utilizou o sistema de navegação autônomo Super-Bridge-X, desenvolvido pela Mitsubishi Shipbuilding, para realizar a operação. O sistema conta com uma função de desvio que auxilia o navio a evitar quaisquer obstáculos em seu caminho, além de permitir atracação e desatracação automáticas.

O Soleil também foi equipado com um sistema de análise de imagem, permitindo que ele detecte obstáculos e outras embarcações em situações de baixa visibilidade através de um sensor de alta precisão com câmeras infravermelhas.

"O recente teste da balsa acelerou muito o desenvolvimento de sistemas de navegação naval totalmente autônomos e marca um passo significativo para uma navegação costeira mais segura", disse Naoki Ueda, vice-presidente da Mitsubishi Shipbuilding.

Segundo a empresa, o projeto também está desenvolvendo várias outras tecnologias essenciais para a promoção de uma navegação sem a necessidade de intervenção humana, incluindo plataformas de segurança avançada de dados para proteger os dados de navegação, utilizados para monitoramento e suporte em terra.

A Mitsubishi Shipping não é a única na corrida para tornar os navios mais autossuficientes, a fabricante de carros de luxo Rolls Royce também tem trabalhado com a Intel para desenvolver uma frota completa de navios de carga totalmente autônomos até 2025.

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