O Caso do PRF Ricardo Su Moon

POLICIAL É CONDENADO A 23 ANOS DE OMISSÃO DIANTE DO CRIME

Autor: Policial amordaçado

Trata-se da condenação do PRF Ricardo Su Moon a uma pena de 23 anos de reclusão. Vamos aos fatos.

O PRF Moon acordou as 5 da manhã para mais um dia de trabalho e, no seu carro, seguia tranquilamente para o posto da PRF, uniformizado para seu plantão de 24 horas. No meio do caminho uma hilux em alta velocidade muda de faixa e quase o atinge. Diante da infração flagrante e do iminente risco de uma tragédia, o PRF Moon, com seu instinto policial e dever de agir, segue o veículo enquanto liga para a PM pedindo uma viatura para interceptar o infrator antes de um acidente.

Instantes depois, Moon alcança o veículo e no intuito de pará-lo toma sua frente se identificando como PRF e ordenando a parada do mesmo e o desembarque do condutor para que o este aguardasse a PM, com quem falava ao telefone. Inicia-se uma discussão gravada pela central da PM e então, o condutor do veículo acelera diretamente na direção do policial no intuito de atropelá-lo e fugir. O PRF atira para se defender, enquanto está atropelado sob o capô da Hilux.

O condutor, devido a sua imprudência e atitude, infelizmente, morre. Exames comprovaram posteriormente uso de álcool e DROGAS ILÍCITAS por parte do condutor, que voltava com outras pessoas após uma noite em uma boate. Câmeras filmaram o veículo infrator em alta velocidade nas ruas da cidade, antes do encontro fatal com o PRF Herói. O condutor da hilux tinha um processo por furto de energia e outro por agressão, inclusive com medida protetiva para não se aproximar da vítima. O policial era condecorado pela instituição.

Hoje, a promotora LÍVIA CARLA GUADANHIM BARIANI (para descrição do julgament ver nota do G1 abaixo), acusou, e a justiça do MS condenou o PRF a uma pena de 23 anos de reclusão. Uma fala curiosa da promotora no julgamento é a comparação das condecorações do PRF Moon com o caso da vereadora Marielle. Segundo ela, policiais condecorados executaram a vereadora, (insinuando criminosamente que o PRF Moon executou deliberadamente o empresário).

Estaria o PRF Ricardo Su Moon pagando pelo crime cometido contra a vereadora? Estaria o PRF Moon sendo vítima da ideologia perversa anti policial? 

Outra fala curiosa da promotora Lívia foi a de que o policial “sofre de síndrome de autoridade”.

Ué, mas policial não é autoridade? Segundo ela, não, isso seria uma síndrome, uma doença. Não é só isso, segundo a mesma promotora: “policial que procura o perigo, não pode alegar legítima defesa” (essa asneira me lembra de uma outra jurista que falou que o policial “só podia reagir depois que tivesse sido atingido”. Alguém já viu morto reagir?)

A pena recebida pelo PRF é maior do que a da mulher que esquartejou o marido e empresário Matsunaga (16 ANOS); Maior do que a do goleiro Bruno que matou e jogou aos cães a mãe do seu filho ( 20 ANOS); Maior do que o casal Nardoni que matou cruelmente uma criança (18 anos) e maior do que muitos casos de homicidas de policiais brasil a fora.

Qual o recado da justiça para os policiais com essa condenação, se não o recado para se omitirem? O que você faria em uma situação dessas sendo policial? “deixa ir embora” “deixa pra lá, se matar uma família, matou”. Essa é a polícia que a sociedade quer?

Um caso similar a esse nos EUA teria um desfecho de homenagem e condecoração ao policial, por ter evitado uma tragédia no trânsito. Aqui temos uma condenação de todos os policiais à omissão eterna. A cada dia é maior o número de policiais amordaçados contra o crime e deixando a população vulnerável. Chegamos no fundo do poço. O PRF Moon recorrerá aos tribunais superiores, mas sem muita esperança na justiça.

Que o povo brasileiro faça seu julgamento e ajude sua polícia.
 


O Caso do PRF Ricardo Su Moon

 

Ricardo Freitas e Jaqueline Naujorks
G1 MS — Campo Grande
 

O júri do policial rodoviário federal Ricardo Su Moon que acontece nesta quinta-feira (30) no plenário do Fórum de Campo Grande (MS), foi retomado no período da tarde com as considerações do Ministério Público para os 7 jurados. A promotora de Justiça Lívia Carla Bariani dirigiu-se ao júri mencionando a mãe de Adriano, que acompanha o julgamento desde o início, na plateia:
 
"Se o réu for absolvido hoje, aquela mãe que está aqui assistindo vai ver que Justiça não existe", declarou.
 
Lívia Carla afirmou ainda que, caso Moon não seja condenado, o Ministério Público vai recorrer da decisão: "Pelas inúmeras razões que citei, ele não pode ser absolvido", disse a promotora.
 
O primeiro julgamento de Moon, em 11 de abril, foi adiado porque um dos jurados passou mal. O júri segue, neste momento, com as considerações do advogado de defesa, Renê Siufi.

O que disse o réu

O policial rodoviário federal Ricardo Su Moon, falou ao júri durante cerca de 40 minutos pela manhã. A juíza Denize Dodero solicitou que ele descrevesse os fatos de acordo com sua versão. Moon afirmou que atirou no empresário e não no veículo porque sentiu que seria atropelado: "Bala não para carro", declarou.
 
O PRF afirmou que foi “fechado” no trânsito e imaginou, a princípio, tratar-se de um atentado. Ao descer do veículo, com sua lanterna, aproximou-se da caminhonete onde estavam Adriano, Aguinaldo no banco da frente e Vinicius no banco de trás.
 
“Percebi que os 3 estavam muito agitados, olhos vermelhos, vi que não se tratava de um atentado mas que estava lidando com 3 pessoas alcoolizadas”. Horas antes, as testemunhas disseram que Moon não apresentou uma identificação de policial. A juíza então questionou sobre a identificação do PRF, que respondeu:
 
“Minha identificação policial naquela época era meu termo de posse numa folha de papel dobrado na minha carteira. Para mostrar eu deveria usar as 2 mãos, em uma situação que não me dava segurança, mas disse que ia mostrar depois, não me recusei a mostrar”.


Testemunhas não confirmaram embriaguez

O primeiro a falar foi Vinicius Ortiz, que também estava na caminhonete da vítima, na época adolescente. Ele disse que foi alvejado nas pernas e desmaiou quando o carro bateu. Enquanto isso, o réu estaria conversando com os policiais. O rapaz ainda comentou que eles estiveram em um “botequinho”, antes de ir para a boate, ocasião em que "tomaram cerveja" e, na boate, "vodca com energético". Porém, questionado sobre Adriano, ele disse: “Eu não sei se ele estava alcoolizado, mas ele tinha bebido”.
 
Nesta quinta-feira, no entanto, o rapaz desmentiu que o Adriano estava bêbado. O advogado de defesa, Renê Siufi, perguntou: “No depoimento o senhor disse que ele [Adriano] estava alcoolizado, o senhor desmente isso?”. E ele responde: “Desminto".
 
Diante a todas as declarações, Moon permanece em silêncio. O próximo a falar foi o padastro de Vinicius, Agnaldo Spinosa da Silva, que também estava no interior da caminhonete. “Ele desceu e começou a xingar a gente, chamou de vagabundo, de bêbado”, alegou. Na sequência, a testemunha contou que o agente pegou o telefone e informou que acionaria a polícia, quando "Adriano pediu desculpas 3 vezes”.
 
“Pedimos a identificação e ele falou que não ia mostrar naquele momento nada pra gente, eu fui pro lado da caminhonete, ele puxou a arma e apontou para mim, eu levantei as mãos e depois o Adriano me chamou e eu voltei para a caminhonete”, emendou.

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