Rússia vê teor antirrusso na condenação de ex-primeira-ministra ucraniana

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia vê um teor antirrusso na condenação da ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko. O Ministério acusa o governo da Ucrânia de politizar as negociações do preço de gás russo. A nota ministerial diz que "a parte russa respeita a soberania do governo ucraniano e a independência do sistema judiciário da Ucrânia". Contudo, segundo o Ministério, não passa despercebido o fato de que as autoridades de diversos países e a opinião pública internacional consideram esse processo uma encenação politicamente motivada.

“Ao acusar Yulia Timoshenko de abuso de autoridade durante as negociações e assinatura do contrato para fornecimento de gás russo em 2009, a Justiça ucraniana ignorou as evidências de que os acordos foram celebrados de acordo com a legislação da Rússia e da Ucrânia, respeitando todas as normas do Direito Internacional”, diz também a nota.

“Não podemos deixar de notar nesse caso também um óbvio teor antirrusso. Em essência, Yulia Timoshenko foi julgada pelos contratos entre a Gazprom e Neftegaz Ucrainy, acordos juridicamente válidos e que não foram revogados”, anuncia o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

"A Rússia está decidida a desenvolver e aprofundar a parceria bilateral com a Ucrânia, inclusive para a busca de soluções mutuamente vantajosas no setor de gás, como ficou acordado pelos chefes de Estado dos nossos países em Zavidovo, em 24 de setembro de 2011. Esperamos com sinceridade que esse movimento não seja prejudicado por tentativas unilaterais de retirar o tema do campo jurídico. Os contratos devem ser cumpridos”, afirma a nota ministerial.

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