Rússia quer que Alemanha e França pressionem Kiev a aceitar plano de paz

A Rússia está torcendo para que os líderes da Alemanha e da França aumentem a pressão para que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, implemente o plano de paz firmado em fevereiro para o leste da Ucrânia, disse o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, nesta quarta-feira.

“É necessário, em nossa opinião, criar uma pressão adicional em Kiev”, afirmou Lavrov aos repórteres, acrescentando esperar que a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Holland, ajam de acordo, já que estão entre os fiadores do acordo de paz.

Os líderes de França, Alemanha e Ucrânia irão se reunir em Berlim na próxima segunda-feira na tentativa de pôr fim à nova onda de violência no leste ucraniano entre forças do governo e separatistas pró-Rússia.
 

Putin culpa Kiev por aumento de violência no leste da Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, culpou nesta terça-feira o governo ucraniano pelo mais recente aumento no confronto no leste da Ucrânia entre forças de Kiev e rebeldes apoiados pela Rússia.

Depois de embarcar em um submarino na Crimeia, península do Mar Negro anexado de Kiev por Moscou no ano passado, Putin disse a repórteres: "Lamentavelmente, estamos vendo esta escalada de conflitos e a culpa não reside com a milícia Donbas, mas com os rivais", disse, se referindo a região ucraniana controlada pelos rebeldes.

"Espero que não aconteçam confrontos diretos em longa escala", acrescentou.
 

Putin diz que cogita se reunir com Obama na Assembleia Geral da ONU 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, irá comparecer à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York no mês que vem e “cogitaria de maneira construtiva” um pedido de encontro no local com seu colega norte-americano, Barack Obama, disse o ministro russo das Relações Exteriores nesta quarta-feira.

As relações entre a Rússia e o Ocidente chegaram a seu pior momento desde o final da Guerra Fria por conta do conflito na Ucrânia, onde Moscou anexou a Crimeia de Kiev em março do ano passado e onde Washington e Bruxelas dizem que a Rússia incita uma revolta de separatistas pró-Rússia no leste.

Mas o ministro Sergei Lavrov afirmou que o Kremlin estudaria um pedido da Casa Branca para um encontro entre Putin e Obama na ONU.

A Rússia está do lado dos rebeldes mas nega estar armando-os ou enviando suas próprias tropas para lutar por eles no leste ucraniano. O Ocidente aplicou sanções contra a Rússia por seu papel no conflito.

Entre outras desavenças entre a Rússia e o Ocidente estão a guerra civil na Síria e questões de direitos humanos, segurança, defesa e comércio.

Mas Moscou e Washington estão entre as seis potências que firmaram um acordo nuclear com o Irã no mês passado, um marco que pôs fim a uma disputa internacional de décadas.

 

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter