Rússia bombardeia militantes sírios a partir de base iraniana pela primeira vez

Bombardeiros da Rússia posicionados no Irã atacaram alvos de militantes na Síria nesta terça-feira, informou o Ministério da Defesa russo, depois que Moscou encaminhou aeronaves para uma base da Força Aérea iraniana para ampliar sua campanha na Síria.

O ministério disse que os ataques com bombardeiros de longo alcance Tupolev-22M3 e caças-bombardeiros Sukhoi-34 foram realizados a partir da base aérea iraniana de Hamadan.

Acredita-se ter sido a primeira vez que a Rússia atacou alvos dentro da Síria a partir do Irã desde que iniciou uma campanha de bombardeios em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, em setembro do ano passado.

A medida mostra que a Rússia está expandindo seu papel e presença no Oriente Médio e acontece em meio a reportagens da mídia russa segundo as quais Moscou pediu permissão ao Irã e ao Iraque para disparar mísseis de cruzeiro contra alvos sírios através de seus territórios a partir do Mar Cáspio.

A pasta disse que os ataques desta terça-feira visaram o Estado Islâmico e militantes antes conhecidos como a Frente Al-Nusra nas províncias de Aleppo, Idlib e Deir al Zour.

Os bombardeiros vinham sendo protegidos por jatos da base aérea russa de Hmeymim, na província síria de Latakia, disse o ministério.

Ação militar conjunta com EUA em cidade síria

A Rússia e os Estados Unidos estão perto de iniciar uma ação militar conjunta contra militantes na cidade síria de Aleppo, disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, segundo agências de notícias russas nesta segunda-feira.

A luta pelo controle de Aleppo se intensificou nas últimas semanas, e grupos rebeldes que combatem forças do governo da Síria têm feito progressos.

As declarações de Shoigu surpreendem porque a Rússia e os EUA apóiam lados diferentes do conflito, ao mesmo tempo em que participam de conversas com o objetivo de encontrar uma solução política para ele.

"Estamos agora em uma fase muito ativa de negociações com nossos colegas norte-americanos", disse o ministro, de acordo com a agência de notícias RIA.

"Passo a passo, estamos chegando mais perto de um plano –e só estou falando de Aleppo aqui– que realmente nos permitiria começar a lutar juntos para trazer paz, de forma que as pessoas possam voltar às suas casas nesta terra conturbada".

A Rússia apóia o presidente sírio, Bashar Al-Assad, no conflito de mais de cinco anos, e os EUA querem ver Assad fora do poder.

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