Reforçada a segurança de presidente colombiano devido a ameaças da guerrilha das FARC

A segurança do presidente colombiano Juan Manuel Santos foi reforçada devido à possível intenção da guerrilha comunista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) de matá-lo, disse em 16 de agosto o diretor da Polícia, General José Roberto León, depois que o governante revelou esse plano.

León disse que, por causa da “obsessão” das FARC com Santos, após os golpes desferidos por seu governo contra a guerrilha,

“a segurança do presidente foi reforçada”.

“Foram tomadas medidas especiais de segurança, medidas adicionais e preventivas”, declarou León aos jornalistas em Cáli (500 quilômetros a sudoeste de Bogotá).

Um correio eletrônico interceptado das FARC indica que essa guerrilha pretende assassinar Santos para vingar as mortes de vários de seus comandantes.

“Eliminar Santos como for possível. Ele nos deve Alfonso (Cano) e Jorge (Briceño) e outros valiosos companheiros”, diz uma parte do correio eletrônico lido por Santos na quarta-feira durante um encontro com indígenas na reserva La María, estado de Cauca (sudoeste).

Alfonso Cano, que era o comandante máximo das FARC, e Jorge Briceño, chefe militar dessa guerrilha, morreram em ataques das Forças Armadas colombianas a seus acampamentos em 2011 e 2010, respectivamente.

“Neste esforço não serão poupados recursos, nem contatos, nem acordos. A pátria e os nossos, o próprio decoro de uma organização, reclamam uma resposta contundente, radical”, acrescenta a mensagem dirigida a Lubín Loro, planejador do bloco nordeste das FARC, segundo o governante.

O autor da mensagem e sua data não foram revelados por Santos.

Antes de assumir a presidência em agosto de 2010, Santos foi ministro da Defesa do governo de Álvaro Uribe (2002-2010). Nessa função, comandou um ataque militar onde morreu em 2008 o então segundo comandante das FARC, Raúl Reyes, em território equatoriano.

As FARC são a principal guerrilha colombiana, com 48 anos de sangrenta luta armada contra o Estado e com cerca de 9.200 combatentes, segundo o Ministério da Defesa.

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