Pressionado, Irã busca mais influência na América Latina

Joby Warrick / Washington Post

O Irã age discretamente para expandir seus laços com a América Latina numa iniciativa que os representantes do governo americano e os especialistas na região descrevem como um esforço para evitar os efeitos das sanções econômicas e obter acesso a mercados e matérias-primas das quais o país precisa muito.

A nova ofensiva diplomática, simultânea à crescente tensão com Washington e as potências europeias, inclui uma visita do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad a quatro países das Américas Central e do Sul. O governo iraniano prometeu expandir sua influência no quintal dos EUA. A visita deve incluir Venezuela, Equador, Cuba e Nicarágua, cujo governo convidou o iraniano para a cerimônia de posse do reeleito Daniel Ortega.

O Irã também ampliou muito suas missões diplomáticas em todo o hemisfério, e enviou membros da sua força de elite, a Brigada Quds – unidade militar que representantes americanos associaram em outubro a um fracassado complô de assassinato em Washington -, para servirem nas suas embaixadas.

Como resultado do aumento das relações diplomáticas entre Irã e América Latina, os negócios cresceram. Recentemente, o país ultrapassou a Rússia como o maior importador de carne brasileira. As exportações nacionais para Teerã cresceram sete vezes nos últimos dez anos e hoje somam US$ 2,12 bilhões. Um aumento similar aconteceu na Argentina, enquanto com Equador o comércio bilateral subiu de US$ 6 milhões para US$ 168 milhões.

/ TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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