Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ganha o Nobel da Paz

Santos prometeu reviver o plano de paz apesar de os colombianos terem rejeitado o acordo em um referendo no domingo, por pouca diferença de votos. Muitos eleitores acreditam que o governo foi muito suave com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"O prêmio também deve ser visto como uma homenagem ao povo colombiano", disse a líder do comitê do Nobel da Paz, Kaci Kullman Five, ao anunciar o prêmio.

Eleitores não disseram "não" à paz, e sim ao acordo, acrescentou Kaci.

O prêmio excluiu propositalmente o líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, que assinou o acordo com Santos.

"O fato de a maioria dos eleitores ter dito 'não' ao acordo de paz não significa necessariamente que o processo de paz está morto", disse o comitê.

"Isso torna ainda mais importante que os lados, liderados pelo presidente Santos e pelo líder das Farc, Rodrigo Londoño, continuem a respeitar o cessar-fogo", acrescentou.

O prêmio Nobel da Paz, no valor de 8 milhões de coroas suecas (930 mil dólares), será entregue em Oslo em 10 de dezembro.

Líder das Farc diz que único prêmio que busca é a paz, não o Nobel

O líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, disse nesta sexta-feira que o único prêmio que deseja é a paz, após ter sido excluído pelos membros do comitê do Nobel da Paz da honraria concedida nesta sexta-feira ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

Timochenko assinou um acordo de paz com Santos no mês passado para tentar acabar com o conflito de 52 anos na Colômbia. Eleitores, no entanto, rejeitaram o acordo no domingo em referendo, por uma pequena margem de votos.

"O único prêmio que buscamos é a paz com justiça social para a Colômbia sem paramilitarismo, sem retaliação ou mentiras", disse Timochenko em sua conta pessoal no Twitter após o anúncio do prêmio de Santos.

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Colombianos rejeitam acordo de paz com as Farc [Link]

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