Peña Nieto procura consolidar a posição do México na América Latina

AFP/Leticia Pineda

O presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, iniciou no dia 17 de setembro uma série de visitas para consolidar a posição do país na América Latina, com uma agenda que prioriza a segurança, o comércio e a imigração.

O objetivo da viagem é consolidar “a posição do México na região e as possibilidades que o país tem de se transformar em um facilitador nas relações dos países”, disse à AFP Eduardo Sánchez, porta-voz de Peña Nieto.

A turnê, que começou na Guatemala, inclui Colômbia, Chile, Argentina, Brasil e Peru.

“Existem duas agravantes crônicas. Os abusos contra os imigrantes em trânsito e o desenvolvimento da fronteira sul para que deixe de ser terra de ninguém”, acrescentou Fernández de Castro, que acredita na necessidade de uma visão regional para a segurança, a imigração e o comércio, com “recursos” e não com “boas intenções”.

“O México precisa estabelecer novas alianças com o mundo a partir de suas prioridades e interesses” e por isso é importante identificar oportunidades na região, com a qual o país compartilha “um idioma e uma história”, disse esta semana Peña Nieto.

O presidente eleito do México, advogado de 46 anos do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que tomará posse no dia 1º de dezembro, chegou em 18 de setembro a Bogotá para se reunir com líderes empresariais da Colômbia, tendo posteriormente uma audiência com o presidente Juan Manuel Santos.

Em seguida, voará a São Paulo, onde terá encontros com empresários brasileiros, e no dia 19 se reunirá com a presidente Dilma Rousseff em Brasília.

Peña Nieto viajará no dia 21 de setembro a Santiago do Chile, onde manterá encontros com empresários e com o presidente Sebastián Piñera. Nesse mesmo dia deverá viajar a Buenos Aires para se reunir com a presidente Cristina Fernández de Kirchner.

A série de visitas será encerrada dia 24 de setembro no Peru, com uma reunião com o presidente Ollanta Humala.

México e Brasil, as duas maiores economias da América Latina, mostraram no passado sua intenção de estabelecer um acordo de livre comércio, mas a decisão do Brasil em março passado de limitar o comércio automotivo entre os dois países ofuscou esses planos.

A Argentina seguiu, uma semana depois, o mesmo caminho do Brasil, ao pôr fim a um acordo de complementação econômica que afetou principalmente as exportações de automóveis.

Chile e México, no entanto, têm desde 1998 um acordo comercial que aumentou os intercâmbios em 200 por cento. Essas duas nações, junto com o Peru, fazem parte das negociações para a criação do Acordo de Livre Comércio Transpacífico (TPP), que será a maior área de livre comércio do mundo.

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