Otan se reúne para debater fim da missão na Líbia

Os países membros da Otan se reúnem nesta sexta-feira na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas para debater o fim da missão na Líbia, informou uma fonte diplomática, um dia depois da morte do coronel Muammar Kadafi.

O conselho de embaixadores de 28 países se reúne a partir das 15h locais (11h de Brasília) para determinar a data do fim da operação iniciada em 31 de março.

"Para a Otan, o fato militar que conta é a queda de Sirte, e não a morte de Kadafi, que nunca foi o objetivo da missão", afirmou a fonte diplomática.

Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.

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