Onda de ataques abala o Iraque no aniversário de invasão

Pelo menos 44 pessoas morreram em uma onda de atentados coordenados em várias cidades do Iraque, no dia do nono aniversário da invasão americana e a poucos dias da reunião de cúpula da Liga Árabe prevista para 29 de março em Bagdá.

Os ataques mais violentos aconteceram na cidade sagrada xiita de Kerbala, 110 km ao sul de Bagdá, onde pelo menos 13 pessoas faleceram, e em Kirkuk (norte), onde também foram registradas 13 mortes. As explosões ocorreram no dia do nono aniversário da invasão americana do Iraque e a poucos dias da reunião de cúpula da Liga Árabe prevista para Bagdá, a primeira desde 1990.

Em Kerbala, duas bombas explodiram perto de um restaurante e de um parque na entrada da cidade. Treze pessoas morreram e 50 ficaram feridas. Na cidade de Kirkuk, 240 km ao norte da capital, um carro-bomba explodiu perto de um edifício da polícia na zona sul. Treze pessoas morreram e 48 ficaram feridas, todas policiais.

Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas na explosão de um carro-bomba perto do ministério das Relações Exteriores na capital. Além disso, em Bagdá um grupo armado matou três policiais em uma igreja na zona oeste da cidade.

Os atentados também afetaram Mossul, Ramadi, Hilla, Baji, Duluiya e a região de Tikrit. Um ataque em Tuz Jurmatu resultou na morte de um membro do conselho municipal. No total, 13 cidades foram afetadas pelos atentados que deixaram mais de 180 feridos e que aconteceram entre 7h e 9h (no horário local).

O Iraque vive uma alta da violência desde a retirada das tropas americanas, em 18 de dezembro passado, e a emissão, um dia depois, de uma ordem de detenção contra o vice-presidente sunita, Tareq al-Hashemi, por supostos delitos de terrorismo. Essa ordem de detenção desencadeou uma profunda crise política, agravada pelos vários atentados perpetrados contra alvos xiitas e corpos de segurança.

As autoridades mobilizaram um grande esquema de segurança para a reunião da Liga Árabe, que terá as presenças de vários chefes de Estado e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O encontro, o primeiro em Bagdá desde 1990, será precedido por reuniões dos ministros árabes da Economia e das Relações Exteriores.

Além disso, o governo iraquiano já havia advertido que a Al-Qaeda e os partidários do ex-ditador Saddam Hussein tentariam espalhar o caos no país.

Com informações adicionais da agência EFE

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