Líbia – Hague: Otan deve intensificar esforços militares na Líbia

O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, reivindicou nesta terça à Otan "manter e intensificar os esforços militares" na Líbia para proteger a população civil das ofensivas do ditador Muammar Kadafi. Hague declarou que o Reino Unido havia enviado novos recursos aéreos e convidou os aliados "a fazer o mesmo".

O recrudescimento da violência na cidade líbia de Misrata centrará o conselho de Exteriores que a União Europeia realiza nesta terça em Luxemburgo, no qual os ministros analisarão a situação na Líbia e se entrevistarão com uma delegação da oposição.

Hague se referiu ainda a Muammar Kadafi e reiterou que a Líbia só terá um futuro "viável" quando ele "sair do país". Com relação à possibilidade de um cessar-fogo por parte das tropas do regime líbio, o britânico disse que "Kadafi já descumpriu dois supostos acordos".

Para o britânico, "o importante é alcançar um cessar-fogo real" para que depois "a ONU possa realizar sua verificação". Sobre o Irã, Hague apontou que os 27 decidirão nesta terça-feira novas sanções contra 32 altos cargos do regime iraniano que a União Europeia considera à mão executora de Mahmoud Almadinejad e suas políticas de violação dos direitos humanos no país.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Após menos de 48 horas, a 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos. Dez dias depois, o comando da operação passou à Otan.

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