Guerra contra Irã faz parte dos planos dos EUA

O congressista norte-americano Denis Kucinich informou os jornalistas que o projeto de lei de despesas militares dos EUA no próximo ano inclui gastos com as operações militares contra o Irã. O documento inclui o plano de transferência da aviação e de importantes forças navais para a região a fim de dar início mais tarde a uma campanha militar.

O projeto de lei de despesas militares dos EUA em 2013 inclui também os gastos com as operações militares no Irã. Os autores do documento admitem a possibilidade de uma campanha militar de longo prazo, cujo objetivo será a neutralização de vários objetos nucleares e militares do Irã. Agora o projeto de lei está sendo examinado pela câmara de representantes do congresso americano. A intervenção ativa das forças externas, que acarretou o caos nos países do Próximo Oriente, “puxa brasa à sardinha” de Washington,- afirma o vice – diretor do Instituto dos EUA e do Canadá junto da Academia de Ciências Russa Pavel Zolotariov.

"De um modo geral, a atividade que os EUA desenvolvem nesta região é certamente bastante intensa. Vimos isso nos acontecimentos na Líbia e nos acontecimentos em torno da Síria. Em resultado disso surgiu o caos que os EUA procuram orientar no sentido que lhes convém. O caos exerce influência indireta sobre os fornecimentos de hidrocarbonetos para os países que se tornam lideres globais – a China e a Índia. Se os EUA não conseguem manter a sua liderança devido a dificuldades econômicas, esta opção proporciona uma possibilidade de frear os concorrentes."

É pouco provável que uma operação de grande envergadura seja iniciada logo no presente momento, – mas esta afirmação é valida somente para o presente momento. Se o conflito acabar por eclodir, irá acarretar inevitavelmente o agravamento de relações com a Rússia,- diz o diretor do centro de pesquisas geopolíticas Leonid Ivachov.

"Será agravado não somente o problema de defesa antimíssil mas também o problema de golpe global rápido. Vamos entrar no estado de guerra fria ativa. A confrontação geopolítica é eterna, ela jamais termina, mas a guerra fria irá adquirir formas mais ativas."

Os congressistas pelo partido democrata acham que a guerra contra os Irã terá conseqüências catastróficas para os EUA e estão contra o projeto de lei, proposto pelos republicanos. Portanto, as chances do projeto de lei de ser aprovado na sua forma atual são muito pequenas, pois precisamente os democratas é que detêm a maioria no senado. Além disso, a Casa Branca já anunciou a sua intenção de vetar este projeto de lei.

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