Após imolações, China acusa Dalai Lama de “terrorismo”

A China acusou nesta quarta-feira o "grupo do Dalai Lama" de estimular os monges tibetanos a cometer atos de imolação com fogo e afirmou que isto equivale a "violência e terrorismo disfarçado".

"As atividades separatistas que custam vidas humanas são violência e terrorismo disfarçado", declarou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

Alguns minutos antes, o primeiro-ministro do governo tibetano no exílio, Lobsang Sangay, elogiou a "coragem" das nove pessoas que se imolaram recentemente na China pela causa do Tibete.

Na cidade indiana de Dharamsala, sede do governo tibetano no exílio, Sangay disse que organizou um dia de preces "em solidariedade com os tibetanos que sacrificaram suas vidas pela causa do Tibete, especialmente aqueles que se imolaram, seus familiares e aqueles que sofrem a repressão no Tibete". "Portanto, prestamos homenagem a sua coragem e somos solidários com seu espírito indomável", acrescentou.

O líder espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama, que se afastou da vida política, anunciou uma greve de fome de um dia.

Uma monja tibetana se imolou na segunda-feira na província de Sichuan, no sudoeste da China, onde nos últimos meses oito monges budistas morreram ateando fogo ao próprio corpo para repudiar a ocupação do Tibete.

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