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Com apoio logístico da Defesa, Censo Demográfico irá coletar dados dos Yanomamis

Em ação integrada do Governo Federal, o Ministério da Defesa anunciou que prestará apoio logístico ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o transporte aéreo de profissionais do Censo, que irão coletar informações demográficas dos indígenas em território Yanomami.

A ação foi articulada em reunião realizada, na tarde desta terça-feira (14), entre o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, e a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. A iniciativa tem início previsto para o dia 6 de março.

O Ministro José Múcio lembrou que as Forças Armadas têm empregado diversos meios de sua capacidade logística para o atendimento emergencial em face da crise enfrentada pelos yanomamis.

“Nós iremos fazer o planejamento para ver a melhor forma de atender essa importante demanda, empregando os meios logísticos de transporte das Forças Armadas”, disse José Múcio. Segundo o Ministro, uma nova reunião será agendada com o Presidente do IBGE, para acertar os detalhes da ação, que é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e tem a participação dos Ministérios da Saúde e dos Povos Indígenas.

A Ministra do Planejamento e Orçamento destacou a importância da ação conjunta do Governo Federal. “O Censo Demográfico é um dos mais importantes instrumentos que temos no Brasil para saber quem somos, quantos somos e como nós, brasileiros, vivemos. Então é o banco de dados não só dos ministérios, dados do Brasil, dos jovens, da Academia, do serviço privado, dos investidores”, citou Tebet.

Segundo a Ministra, o Censo Demográfico 2022 sofreu atrasos em razão da falta de previsão de recursos do governo anterior.

Operação Yanomami: Forças Armadas empregam 15 aeronaves e cerca de 500 militares

As Forças Armadas estão mobilizando, atualmente, 15 aeronaves e cerca de 500 militares no atendimento emergencial aos Yanomamis e no enfrentamento ao garimpo ilegal, em Roraima. A ação dos militares na região, por meio do Comando Operacional Conjunto Amazônia, tem auxiliado o trabalho integrado da força-tarefa mobilizada pelo Governo Federal. Até o momento, já foram transportadas 105 toneladas de mantimentos, medicamentos e materiais para o atendimento aos Yanomamis e realizadas 648 horas de voo.

O Comandante responsável pela Operação, Major-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, enfatiza o papel da Defesa na força-tarefa em apoio aos indígenas. “O mais importante é que as Forças Armadas estão sendo empregadas aqui para dar o apoio aéreo logístico e apoio de inteligência para os diversos órgãos governamentais que estão atuando na área. As demandas são solicitadas ao Ministério da Defesa, que nos repassa, e nós coordenamos com eles a melhor forma desse atendimento”, explicou.

No hospital de campanha, montado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e em funcionamento desde o dia 27 de janeiro, equipes multidisciplinares realizaram 1.268 atendimentos. Os militares participaram, também, no transporte aéreo de indígenas para procedimentos médicos de maior urgência na capital Boa Vista.

Logística – Na corrida contra o tempo, em meio às dificuldades de acesso à região, Exército e Aeronáutica trabalham a logística de transporte de alimentos e medicamentos. Com o uso de paraquedas, os materiais são lançados em Surucucu e transportados até os Yanomamis por helicóptero, único veículo que consegue chegar ao território, além de aeronaves de pequeno porte.

Para melhorar o acesso à região e garantir o pouso de aeronaves maiores, os militares trabalham na recuperação da pista de pouso do 4º Pelotão Especial de Fronteira do Exército, localizada em Surucucu. Cerca de 36 toneladas de equipamentos e materiais de reparo já foram enviadas. A reforma ocorre no período da manhã e da noite. À tarde, a prioridade é para aviões que transportam pacientes e mantimentos.

Na área da segurança, a FAB prorrogou a abertura parcial do espaço aéreo da região norte até o dia 6 de maio. O objetivo é que as pessoas não indígenas possam sair de maneira coordenada e espontânea das áreas de garimpo ilegal.

Por Isabela Nóbrega e Suellen Siqueira

Assessoria Especial de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa (MD)

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