Exército analisa a rapidez do 4G

A internet móvel é nova grande aliada para a prestação de serviço público. Ainda mais quando se trata do LTE, ou o 4G, com velocidades até 10 vezes superiores ao tradicional 3G. Por isso, o Exército em parceria com a Motorola Solutions testará em um período de seis meses a tecnologia em diversas situações, que exigem a transmissão rápida de dados entre os soldados e a base. Para os testes, serão utilizadas três antenas, que emitem o sinal da internet, capazes de abranger todo o Plano Piloto.

A Motorola destinará US$ 2 milhões para o fornecimento de aparelhos, como modems para os computadores e smartphones. “Acreditamos que, ao alocar parte da faixa de 700MHz para o uso da segurança pública e missão crítica, será possível oferecer melhores recursos aos órgãos de segurança e qualidade de vida aos cidadãos futuramente”, explica Eduardo Stefano, presidente da Motorola Solutions.

Os testes serão feitos com foco no combate ao crime, desastres, proteção ambiental e manutenção da lei e da ordem em grandes eventos. Segundo o general Santos Guerra, em um cenário no qual o Brasil receberá tantos eventos, pensar que essas tecnologias serão usadas na Copa das Confederações em 2013 é bastante pretensioso. No entanto, ele afirma que o foco é que na Copa do Mundo de 2014 já estejam em funcionamento. Além disso, segundo o general, um dos objetivos da demonstração do 4G aliado ao Exército é para que países vizinhos da América Latina também escolham aderir ao uso da tecnologia e melhorar a segurança pública.

Como funciona

Uma das maiores dificuldades dos agentes é a falta de explicações prévias para construir táticas eficazes de atuação. A nova tecnologia em campo facilitará essa demanda. Ela permite: o despacho de vídeos feitos por outros agentes em tempo real ou de matérias e canais televisivos; contato por voz; visualização da câmara instaladas nas viaturas e nos dispositivos móveis; comunicação com o centro de comando que tenha acesso aos vídeos e áudio e todos os agentes em campo; e geolocalização. Tudo isso em viaturas em movimento, “o Exército vai ter mais ferramentas e maior subsídios para melhor capacitar a sua equipe em campo e fornecer eficiência no momento da perseguição. Poderão, inclusive, antever crises”, explica Estefano.

 

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