Militares brasileiros e norte-americanos simulam combate em ambiente urbano

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Uma tropa formada por cerca de 150 militares, de três Companhias brasileiras e uma norte-americana, realizou uma simulação de combate em ambiente urbano no campo de instrução da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), no dia 12 de dezembro.

O treinamento na Pista de Combate a Localidade (PCL), no âmbito da CORE 21 (Combined Operations and Rotation Exercises), reúne militares do Brasil e dos EUA em atividades integradas durante dez dias em cidades do interior de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O trabalho conjunto está previsto para terminar no dia 16 de dezembro. Com o emprego dos blindados Guarani e armamento individual, a tropa em exercício investiu em uma localidade com edificações com o objetivo de neutralizar a força oponente.

 

A atividade permitiu treinar os militares para operações em áreas de opressão onde, por exemplo, haja impedimento para a chegada de ajuda humanitária à população.

O Comandante da 12º Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel, General de Brigada Rodrigo Ferraz Silva, considera que operações reais em áreas urbanas estão entre as mais difíceis e sensíveis do combate moderno.

A tropa que ataca tem dificuldade de fazer esse tipo de atuação em ambiente urbano, porque existem os civis, pessoas inocentes, e é muito difícil para quem ataca saber o efeito colateral de uma atividade como essa. O risco é muito grande”, disse.

O treinamento ocorreu com o acompanhamento da Direção do Exercício (Direx), que conta com um gabinete instalado para monitorar em tempo real a execução no campo do que foi planejado.

 

Por meio de telas podemos observar se os objetivos que foram definidos estão sendo supridos. Outros sistemas nos permitem mensurar o desempenho da tropa. Dessa forma temos a condição de avaliar o adestramento e deixar nosso Exército com todas as capacidades para cumprir as demandas”, disse o Major Rodrigo Magalhães, Chefe de Operações da 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel.

Para avançar no terreno, a tropa utilizou armamento individual, um robô equipado com sistema de raio-x e outros dispositivos que permitem ao operador verificar se um artefato é real.

Assim é possível neutralizar a ameaça usando o próprio robô ou adotar procedimentos, sempre em segurança para desativá-lo”, explicou. Para o 3º Sargento Bruno Bradley Evaristo, a integração entre as tropas brasileira e americana na pista permitiu troca de experiências e conhecimento.

A principal lição que extraímos da convivência com os americanos é a dedicação deles ao treinamento”, concluiu. “Treinar e trabalhar com os militares brasileiros têm sido uma honra, são muito profissionais. A única diferença entre nós e eles é a língua e o uniforme”, afirmou o Sargento Hayes da 101ª Divisão de Assalto Aéreo (101st Airborne Division) da U.S Army.

CORE 21 recebe visita do Chefe de Doutrina do Exército

Na manhã do dia 12 de dezembro, a Direção do Exercício CORE 21 recebeu a visita do Chefe do Centro de Doutrina do Exército, General de Divisão Sérgio Luiz Tratz. Na oportunidade, o Comandante da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), General de Brigada Rodrigo Ferraz Silva, apresentou as instalações da Direção do Exercício (DIREx), na qual os integrantes do Estado-Maior brasileiro e americano realizam os trabalhos de coordenação da atividade dentro das funções de combate, comando e controle (C2) e logística.

A visita teve por finalidade verificar os resultados apurados sobre o exercício até o momento e conferir a aplicação dos princípios doutrinários e estratégicos no contexto de uma simulação de combate.

O Exercício CORE 21 faz parte do calendário de adestramento do Comando de Operações Terrestres (COTER), o qual tem como objetivo principal a interoperabilidade das tropas aeromóveis do Exército Brasileiro e Exército Sul dos Estados Unidos da América (Army South), o que proporciona o intercâmbio doutrinário entre os dois componentes militares.

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