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Militares da FAB treinam para atuar em acidentes naturais ou provocados

Tenente Emília Maria

Acontece até sexta-feira (04/08), em Petrópolis (RJ), a fase operacional do Exercício Combinado de Apoio à Defesa Civil (ECADEC), um exercício anual que tem como objetivo simular eventos de acidentes naturais ou causados pelo homem que gerem ações de intervenção de várias esferas do poder municipal, estadual, federal e militar.

Nessa terceira edição, iniciada segunda-feira (31/07), as instruções são baseadas em três grandes hipóteses: evento natural de grande índice pluviométrico, causando alagamentos, deslizamentos e outros desastres; evento químico com a explosão na Refinaria de Duque de Caxias (REDUC), provocando fumaça tóxica, múltiplas vítimas com queimaduras e evacuação das comunidades vizinhas à refinaria; e incêndio florestal na região serrana, com riscos às propriedades privadas e estratégicas do poder nacional, tais como as instalações do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) local.

"A Força Aérea Brasileira integra o componente aéreo do Estado-Maior Conjunto que é instalado num evento de desastres como os citados", explica o Major Waldir Eustáquio Gava, que faz parte da Divisão de Planos e Diretrizes do Centro Conjunto de Operações Aéreas (CCOA), subordinado ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), e que participa do exercício.

Seis militares da FAB simularam tarefas de força aérea, como resgate de vítimas em locais de difícil acesso, controle do espaço aéreo, transporte de pessoas e carga, instalação de uma estação rádio para coordenação dos voos dos helicópteros de resgate, apoio de saúde por meio do Hospital de Campanha (HCAMP), remanejamento do tráfego aéreo por conta da fumaça tóxica na terminal rio, transporte de queimados e assistência à bombeiros vítimas de queimaduras graves.

O exercício foi planejado desde março e é coordenado pelos Ministérios da Defesa e da Saúde, com a participação de órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil, Vigilância e Assistência de Saúde e órgãos de Segurança Pública (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros), além de Organizações Não Governamentais (ONG) que têm ligação direta com assuntos de defesa civil, como a Cruz Vermelha.

"Participando de um exercício como esse você consegue conhecer um pouco a realidade de cada local e como funciona a estrutura municipal e estadual daquela região, tornando mais fácil disponibilizar os meios adequados, em caso de necessidade, e mais eficaz o acionamento. É uma maneira de gerar protocolos para o gerenciamento de uma crise", conclui o Major Gava.

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Aeronave foi empregada em simulação de acidente aéreo em Manaus¹

Uma aeronave com 42 passageiros que tentou decolar da cabeceira 11 do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes pegou fogo depois de uma pane no motor do lado esquerdo e saiu da pista.

Essa foi a sinopse do acidente aéreo simulado realizado, na sexta-feira (28/07), que reuniu militares de diferentes unidades da Força Aérea Brasileira (FAB), funcionários da Infraero e de outros órgãos.

Na ocasião, os envolvidos aplicaram o Plano de Emergência (PLEM) do aeroporto, cada um dentro de sua área de atuação. De acordo com o Superintendente da Infraero, Abibe Ferreira Junior, a participação das organizações é importante para o aprendizado em conjunto. “O Plano de Emergência compõe um sistema e a gente precisa do apoio da cidade no sentido de fazer com que toda essa demanda seja atendida.

Por exemplo, contamos com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica para dar esse suporte. Esse aqui é um acidente com 40 passageiros, mas imagina um acidente com 200. Então, a gente precisa desse apoio", explicou.

A Força Aérea fez parte da atividade com militares da Ala 8, do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), do Esquadrão Harpia (7°/8°GAV), do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII), do Grupo de Segurança e Defesa (GSD 8) e do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Eduardo Gomes (DTCEA-EG).

A Marinha do Brasil, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas, a Seção de Contra-incêndio do Aeroporto, o SAMU, bem como alunos de diferentes universidades de Manaus participaram do treinamento.

O Tenente Helder Calenzani Alpoim, do Esquadrão Harpia, participou do evento utilizando os helicópteros H-60 Black Hawk para resgatar os feridos. “A simulação foi um bom teste para o sistema de busca e salvamento que, diuturnamente e 365 dias por ano, mantém tripulações e aeronaves em prontidão. Além disso, foi um excelente treinamento para todos”, disse.

A iniciativa contou com o trabalho do Corpo de Voluntários de Emergência, que é formado por pessoas preparadas para atuar em caso de emergências no aeroporto. O grupo atua na recepção dos feridos entregues pelos bombeiros, realiza a triagem e, de acordo com o estado de saúde do paciente, faz o embarque das vítimas para hospitais de referência.

Essa equipe é formada por funcionários do aeroporto e de organizações sediadas neste local. O soldado Miguel Shalom Lima da Silva, do DTCEA-EG, é integrante do Corpo de Voluntários e concluiu o curso de formação recentemente.

“Achei muito interessante porque a intenção era chegar o mais próximo possível da realidade. Em caso de acontecer realmente um imprevisto, um acidente, é necessário a gente estar pronto para dar o feedback o mais rápido possível”, concluiu.

¹por Ten Lorena Molter / Ten Cynthia Fernandes –  Fotos: Ala 8 / FAB

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