Futuros pilotos de combate da FAB escolhem esquadrão em que vão atuar

Tenente Juliana Lopes / Tenente João Elias


O chamado Dia da Escolha é um dos momentos mais esperados pelos estagiários do Programa de Especialização Operacional (PESOP). Isso porque é quando se define o destino do novo piloto de combate. “Esse é o término de uma ansiedade muito grande, que começa lá na Academia da Força Aérea, quando o Cadete passa a pensar qual aviação seguir, e muitas escolhas são feitas até aqui.

Mas o primeiro esquadrão é, definitivamente, o esquadrão da vida deles, é onde eles se apaixonam pela atividade, onde eles vão atingir sua primeira operacionalidade. Então esse é um momento muito importante para o piloto militar”, explica o Comandante da Ala 10, Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic.

Transporte, Patrulha e Reconhecimento Para os alunos do Esquadrão Rumba (1º/5º GAV), que estão se especializando nas aviações de Transporte, Patrulha e Reconhecimento, a escolha aconteceu na segunda-feira (20/11).

Os estagiários de Transporte tiveram que escolher entre seis esquadrões, espalhados nos quatro cantos do país, e os de Patrulha entre dois esquadrões, sediados em Belém (PA) e Canoas (RS).

Já os estagiários de Reconhecimento foram para o Esquadrão Carcará (1°/6° GAV), sediado em Anápolis.

Independentemente do número de opções, a ansiedade pela vida operacional que começa é a mesma. “É uma mistura de vários sentimentos, porque por mais que a gente faça uma prévia do que vai acontecer, quando chega naquele momento dá um frio na barriga, passa um filme da vida toda na nossa cabeça em poucos segundos, de tudo que a gente passou para chegar até aqui e também do futuro promissor que nos abre dentro da Força Aérea”, reflete o Tenente Aviador Rafael da Silva Vilete, que servirá no 7º Esquadrão de Transporte Aéreo, Esquadrão Cobra, em Manaus (AM).

Caça

No Esquadrão Joker (2º/5º GAV), que especializa os pilotos de caça da FAB, a escolha, que aconteceu no dia 13, tinha como destino localidades de fronteira. As três unidades que receberão os pilotos egressos do Curso de Especialização da Aviação de Caça estão sediadas em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS).

Para esses novos pilotos de combate, pouco muda a missão do esquadrão, o que define a escolha é a identificação com a doutrina e as tradições que o distintivo de cada unidade carrega. “A parte operacional é relativamente igual, mas cada esquadrão vira uma família.

Então quando a gente levanta e fala para onde está indo, a gente se insere nessa família e já se identifica com ela”, defende o Tenente Aviador Thiago Ricoy Monteiro, que escolheu como sua nova casa o 3º Esquadrão do 3º Grupo de Aviação, Esquadrão Flecha, de Campo Grande (MS).

Asas Rotativas Os primeiros a escolherem suas unidades foram os estagiários do Esquadrão Gavião (1º/11º GAV), que voarão as aeronaves de asas rotativas. No dia 9, eles disputaram vagas em seis unidades, sediadas em Santa Maria (RS), Rio de Janeiro (RJ), Manaus (AM) e Natal (RN).

Para o Tenente Aviador Josué, que servirá no 5º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação, em Santa Maria, a maior dificuldade é escolher entre as diferentes missões desempenhadas por cada esquadrão. “Eu analisei a aeronave utilizada, a diversidade de missões e a localização e, por ser mais perto da família, escolhi o Esquadrão Pantera”, contou.

Oficiais-Alunos da ECEMAR estudam soluções para desafios operacionais da FAB

Oficiais-Alunos do Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) apresentaram, nessa terça (21/11) e quarta-feira (22/11), ao Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), em Brasília-DF, o resultado final do Estudo de Assuntos Operacionais da Força Aérea (EAOP) do ano de 2017.

O EAOP tem por finalidade avaliar aspectos operacionais que influenciam na formulação de alternativas e arranjos de capacidades militares, possibilidades de emprego do Poder Aeroespacial e proposições para soluções de problemas operacionais do Comando da Aeronáutica, a partir de temas relevantes previamente acordados entre a ECEMAR e o EMAER.

Os temas propostos para o EAOP foram conduzidos por grupos de trabalho distribuídos entre os integrantes do Curso de Comando e Estado-Maior, modalidade Presencial (CCEM-P), de 2017, que contou com 86 oficiais superiores.

O trabalho consiste em empregar os Oficiais-Alunos do CCEM-P como equipe de pensadores (think tank), utilizando a experiência de cada um para maximizar o conhecimento por meio de avaliações, empregando metodologias avançadas e o pensamento crítico na análise dos problemas apresentados.

Foram constituídos sete grupos de trabalho que desenvolveram diversos temas, como interações entre a Defesa Cibernética e Ações de Força Aérea; Revisão da Doutrina de Logística da FAB focada no Emprego Conjunto; Metodologia de Seleção de Alvos no Âmbito das Operações Conjuntas; Condução e Simulação de Operações Aeroespaciais; entre outras.

"Os trabalhos acadêmicos sobre os respectivos temas serão encaminhados ao EMAER e Grandes Comandos, a fim de subsidiar o planejamento operacional da FAB e contribuir para o processo decisório das autoridades, no cumprimento da nossa missão constitucional", explica o Tenente-Coronel Alexandre Jannuzzi Peçanha, Coordenador do EAOP.

Fotos: Agência Força Aérea / FAB

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