Forças Armadas apoiam combate a focos de queimadas no Pantanal

O Pantanal, maior planície alagada do mundo, tem sofrido com maior seca dos últimos anos, o que tem ocasionado um aumento no número de focos de queimadas na região. Diante desse cenário, o Ministério da Defesa deflagrou, no mês de julho , a Operação “Pantanal”, em apoio ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, onde estão concentrados 65% do bioma.
 
As ações foram conduzidas pelo Comando do 6º Distrito Naval, reunindo esforços da Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB), Força Aérea Brasileira (FAB), Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Ibama/Prevfogo e Polícia Militar Ambiental.
 
Inicialmente, o relatório do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) apontava 21 pontos de queimadas nos municípios de Ladário, Corumbá, Miranda e Aquidauana-MS. Ao longo dos trabalhos, os índices iniciais foram ultrapassados, passando para 32 pontos. Após três semanas de atividades de aeronaves, brigadistas e militares, os pontos de queimadas foram controlados e seguem em monitoramento na Serra do Amolar, Nabileque e nas proximidades da Reserva Indígena Kadiwéu, onde não há foco de fogo aparente, nessa região que representa dois terços do bioma.
 
Com a significativa redução dos focos em Mato Grosso do Sul, as ações foram estendidas à porção norte do Pantanal, que corresponde a um terço do bioma. De acordo com o mapeamento realizado por satélites, atualmente grande parte dos pontos de queimadas está concentrada na região de Poconé, Barão de Melgaço-MT e uma área em Porto Jofre, na fronteira dos dois estados.
 
Operação “Pantanal” em Mato Grosso


 

Há dez dias operando a partir de Poconé, no aeródromo do SESC Pantanal, Forças Armadas somam esforços com Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CBMMT e CBMMS), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
 
Aeronaves das Forças Armadas realizam diariamente voos de reconhecimento, transporte de pessoal, material e mantimentos para as áreas mais isoladas e críticas quanto aos focos de incêndios. O Super Cougar (UH-15) da MB e o Black Hawk (UH-60) da FAB cumprem ações em locais que, devido à peculiaridade da região, o acesso não seria possível por vias terrestres ou fluviais. Duas aeronaves Air Tractor do CBMMT realizam, ainda, lançamento de água e, até o momento, já foram despejados quase dois milhões de litros.
 
Mais de 400 profissionais estão envolvidos na Operação, entre eles, 12 Fuzileiros Navais do 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas, com curso de combate a incêndios florestais, empregados diretamente na linha de frente, em um trabalho conjunto com brigadistas do Ibama e Bombeiros Militares do CBMMT e CBMMS. Ao longo dos dias, as equipes terrestres trabalham dia e noite, cumprindo, muitas vezes, medidas urgentes, como aceiros, contra-fogo e patrulhamento do local, com o objetivo de inibir as chamas.
 
Além deste ano registrar índices pluviométricos muito baixos, a intensidade do vento prejudica o trabalho do pessoal em terra e a fumaça dificulta o sobrevoo das aeronaves. Mesmo diante desse cenário, entre outros desafios, os resultados são positivos. Patrimônios históricos, parques, casas e estradas já foram preservados. As atividades seguem em andamento nesta semana.

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter