US-RU-OTAN – A caixa de Pandora ucraniana

O Exército Ucraniano chamou jornalistas do mundo inteiro para assistir a um treinamento militar de combate urbano em Pripyat, cidade abandonada situada ao lado da Usina Nuclear de Chernobyl.

Não há motivo para se realizar um exercício dentro da zona de exclusão se não for para  enviar um alerta e um recado ao mundo. Não invadam a Ucrânia. Não abandonem a Ucrânia.

Um país que está prestes a entrar numa guerra pela sobrevivência do Estado pode usar todos os meios disponíveis para se defender.

Uma invasão russa e bielorussa da Ucrânia pode destruir deliberadamente ou por acidente o sarcófago que protege o que sobrou do reator número 4, que explodiu em 1986. Chernobyl está a apenas 16 km da fronteira com a Bielorússia e no meio do caminho até Kiev.

Se o sarcófago for destruído, uma nuvem de radiação ininterrupta pode se espalhar pelo território ucraniano, bielorusso e atingir metade da Europa. Seria um cenário catastrófico, um desastre radiológico muito pior do que aqueles imaginados nas guerras sujas.

A Ucrânia possuía o terceiro maior arsenal nuclear do mundo, com mais de 3 mil ogivas nucleares e 100 mísseis balísticos. O país entregou todo seu arsenal para a Rússia em troca de proteção. EUA, Rússia e outras potências foram garantidoras do que ficou conhecido como Memorando de Budapeste. Somente a Ucrânia cumpriu a parte dela.

Chernobyl hoje se tornou o maior instrumento de dissuasão à disposição da Ucrânia.

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