Rússia e Japão anunciaram nesta segunda-feira sua decisão de reiniciar as negociações para a assinatura de um tratado de paz que substitua o armistício assinado pelos dois países após o fim da Segunda Guerra Mundial.
"Os dirigentes de ambos os países manifestaram sua decisão de assinar um tratado de paz uma vez que se superem as divergências entre ambas partes por meio de negociações", assinala uma declaração conjunta divulgada pelas agências russas.
Segundo o documento, o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro japonês, Shinzu Abe, consideram que "não é normal" que já tenham passado 67 anos desde o fim da disputa sem que os dois países tenham assinado um acordo de paz.
Rússia e Japão condenam Coreia do Norte por não renunciar às armas nucleares
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzu Abe, condenaram nesta segunda-feira a Coreia do Norte pela recusa de renunciar à fabricação de armas nucleares e mísseis balísticos.
"Os dirigentes de ambos os países sublinharam que o teste nuclear de 12 de fevereiro representa uma violação flagrante da correspondente resolução do Conselho de Segurança da ONU", diz o comunicado conjunto recolhido pelas agências locais.
Além disso, Moscou e Tóquio chamam Pyongyang para cumprir com as resoluções das Nações Unidas e a declaração conjunta emitida após a quarta rodada de negociações nucleares de setembro de 2005.
Então, no marco das negociações de seis lados em Pequim, a Coreia do Norte se comprometeu a abandonar o programa nuclear em troca de ajuda e garantias de segurança.
Tanto Putin como Abe manifestaram seu respaldo à regra política e diplomática do problema nuclear na península coreana e advogaram pelo reatamento das conversas multilaterais (China, Rússia, EUA, Japão e as duas Coreias).
Segundo os especialistas, além da Coreia do Sul, o Japão poderia ser um dos principais alvos dos mísseis norte-coreanos em caso da explosão de um conflito.